Trump e Biden se enfrentam no primeiro debate da corrida eleitoral pela presidência dos EUA

O republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden realizam nesta terça-feira (29) o primeiro debate da corrida eleitoral pela presidência dos Estados Unidos. O evento será realizado na Universidade Case Western Reserve, em Cleveland, Ohio, e será exibido pela CNN Brasil às 21h45. A eleição será no dia 3 de novembro.

A previsão é de que o moderador do debate Chris Wallace, da Fox News, aborde o histórico dos dois candidatos, a corte suprema, Covid-19, a economia norte-americana, raça e violência nos cidades e integridade do prcesso eleitoral. Cada candidato tera 15 minutos para abordar cada assunto e dois minutos para fazer suas declarações sobre as colocações do moderador. O restante do tempo será utilizado para o aprofundamento de discussões.

Bolsas de Noa York

Há grande expectativa em relação ao debate. Nesta terça-feira, as bolsas de Nova York fecharam em baixa, em um movimento realização de lucros e com certa cautela nos mercados financeiros antes do debate. Os investidores também acompanharam os desdobramentos das negociações em Washington por um novo pacote de estímulos.

Após um rali na sessão dessa segunda-feira, o índice Dow Jones recuou 0,48%, a 27.452,66 pontos, o S&P 500 caiu 0,48%, a 3.335,47 pontos, e o Nasdaq cedeu 0,29%, a 11.085,25.

O mercado acionário americano chegou a ganhar força, logo após a abertura, com a divulgação do índice de confiança do consumidor dos EUA, medido pelo Conference Board, que subiu a 101,8 em setembro, acima das projeções de alta a 90,1. O apetite por risco, entretanto, durou pouco. “Os participantes do mercado fazem um balanço antes do primeiro debate presidencial”, afirmam analistas da corretora americana LPL Financial, em relatório enviado a clientes.

Na visão do economista-chefe internacional do banco holandês ING, James Knightley, se o atual presidente tiver um desempenho “forte” esta noite, as ações podem reagir com alta. O analista destaca que Trump propõe regulamentações mais flexíveis e impostos mais baixos, o que impulsionaria a lucratividade empresarial. “No entanto, acho que seria necessário um desempenho muito forte, já que Joe Biden ainda está 6 pontos à frente nas pesquisas nacionais e lidera em todos os principais estados decisivos”, disse Knightley ao Broadcast.

O avanço da pandemia de covid-19, que já matou mais 1 milhão de pessoas no mundo, e as negociações em Washington por um novo pacote fiscal continuam no radar, depois de os democratas terem apresentado uma proposta de US$ 2,2 trilhões em estímulos fiscais, valor que a Casa Branca quer reduzir. Presidente da distrital de Nova York do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), John Williams defendeu hoje que reduzir o escopo da política fiscal poderia enfraquecer a recuperação econômica nos EUA.

No S&P 500, o subíndice do setor de energia liderou as perdas (-2,73%), seguido pelo do setor financeiro (-1,15%). As ações da Chevron caíram 2,75% e as do Morgan Stanley recuaram 2,36%. As companhias aéreas também registraram perdas, com queda de 4,0% nos papéis da American Airlines.

*Atualizado às 19h55