• Tresloucado índice de inflação

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  • 07/08/2018 08:26

    A cada suspiro que damos levamos uma bofetada do governo, portanto, há muito conclui que De Gaulle tinha razão ou quem quer que seja o autor do refrão, dos mais acertados – “o Brasil não é um país sério” – com suas arapucas e “incongruências incongruentes”. E gostaria que algum economista explicasse o que ocorre com a inflação no país.

    No fim de cada ano calculam o índice “oficial” de inflação no custo de vida e, em cima dele corrigem o salário mínimo e o reajuste dos aposentados do setor privado – neste ano 2%. No decorrer dos meses aumentam com outro índice (quase mensalmente – de 2 a 3%) a energia e os combustíveis. Depois concedem aos planos de saúde entre 10 e 15% e para completar, outro índice sobre os alugueis – acima de 8%. E tudo menosprezando o escalão inferior, o povo em geral e não o escalão superior que ganha “auxilio moradia” mesmo morando em imóvel próprio. E tudo em apenas sete meses – o que mais virá pela frente?

    Diante de tantos disparates – impassivelmente – os donos do poder continuam a “vomitar” mentiras como se verdades fossem. E como se não bastassem tais falácias imorais, entramos na corrida para o próximo dono do país que, por sua vez, nomeará ministros da mesma categoria repetindo as mesmas mentiras para escamotear o povo, empurrando com a barriga e suas lábias inconsequentes, sempre para longe os verdadeiros problemas que assolam o país há mais de cem anos

    E o povão que nada sabe, nada entende, a partir de agora vai ficar ouvindo o “bostejar” irresponsável de tais “urubus sobre a carniça” do poder, tapeando e prometendo tudo com a mesma ladainha, “vou fazer”, sabendo de antemão que nada farão de seus programas mirabolantes, como um que está alardeando, como se fosse programa de governo, que somente ele  “teria” como tirar Lula da cadeia – ridículo! Assim, escrevi, há muito, o soneto  – Um certo odor:  

    “Sinto o ar carregado, pesado, que exala/ um cheiro atuante, intensivo, mas vago –/ provoca um maléfico e insípido estrago/ a quem o respire, do modo que embala.

    O aroma, ninguém o define nem fala,/ e sendo vulgar causa certo embriago/ em quem se propõe a sorvê-lo de um trago,/ se dele aprecia e também se regala.

    É fácil sentir seu odor, mesmo ao longe, / em seres que espalham seus ares venais/ vestindo-se de anjo com roupas de monge.

    Fedor da ganância, de inércias cabais,/ vaidade e arrogância em quem quer que se esponje/ em simples falácia de tons magistrais”!

    Positivamente, o Brasil não é um país sério.

    jrobertogullino@gmail.com 


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