• Três semanas após incêndio em garagem, 18 ônibus ainda não foram repostos na cidade

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • População cobra respostas da Prefeitura e do Setranspetro para melhorar a situação do transporte público em Petrópolis

    31/05/2023 13:59
    Por Helen Salgado

    *Matéria atualizada às 16h11 para inclusão do posicionamento do Setranspetro

    Três semanas após o incêndio que atingiu a garagem das viações Petro Ita e Cascatinha, os usuários do transporte público de Petrópolis seguem sendo os principais prejudicados. De acordo com a última atualização informada pela Prefeitura, na segunda-feira (29), 30 ônibus foram repostos dos 48 coletivos – em uso – perdidos. Vale lembrar que, no total, foram 74 veículos incendiados – incluindo veículos que não eram mais utilizados e sucatas.

    Leia também: Crise no transporte público começou ainda durante a pandemia; relembre acontecimentos

    Basta percorrer pelos pontos de ônibus do Centro ou dos bairros da cidade, para encontrar passageiros reclamando do caos instaurado no transporte público. As queixas são várias: atrasos frequentes, uma linha de ônibus fazendo até três trajetos diferentes, ausência de horários e até ônibus quebrados.

    Leia também: Linhas de ônibus têm realizado até três trajetos diferentes em Petrópolis

    Nesta quarta-feira (31), às 8h, o ônibus que fazia a linha 454 – Rio de Janeiro, da Petro Ita, quebrou no ponto final do ônibus. Os passageiros ficaram à espera de um coletivo chegar para substituir o que estava quebrado.

    Leia também: Passageiros reclamam da precariedade do transporte público em Petrópolis

    No Morin, a linha 431 – Pedro Ivo ainda não retornou e, até semana passada, apenas dois micro-ônibus atendiam a localidade: 462 – Alto Pedro Ivo e 464 – Roncoroni. Só esta semana que mais um micro-ônibus foi colocado para atender os moradores da região.

    “Desde o incêndio dos ônibus, virou uma bagunça o serviço aqui no Morin. Em algumas viagens, o Lagoinha – que faz a linha 429 – subia também a Rua Pedro Ivo. Em outras viagens, os motoristas não subiam. Com o pessoal dependendo apenas dos micros, a gente ficava na fila esperando o ônibus mais de 40 minutos”, comenta Jorge Luis, morador do Morin.

    Já nos bairros mais distantes do Centro, como o Cuiabá, há ainda a falta de horários que são considerados importantes para aqueles que voltam à noite do trabalho ou das universidades. Antes da pandemia, a linha do Cuiabá contava com o horário de 23h15. No entanto, mesmo após o fim da pandemia e diversas solicitações, o horário não foi restabelecido. Caso os passageiros percam o 22h40, precisam esperar o 23h45 – último horário do Cuiabá.

    Nossa equipe entrou em contato com a Prefeitura de Petrópolis e o Setranspetro cobrando esclarecimentos a respeito do transporte público na cidade. A Prefeitura informou que, até o momento, dos 48 veículos perdidos no incêndio, 31 foram repostos pelas empresas e que continua cobrando das empresas de ônibus agilidade na reposição e cumprimento do plano de contingência da frota para garantir o atendimento aos passageiros. Já a Petro Ita e a Cascatinha informaram que, nesta quarta-feira (31), estão operando com 69% e 97% da frota prevista, respectivamente. As empresas destacaram que, de forma gradativa, estão restabelecendo a frota, com a chegada de ônibus no município. Sobre as investigações, o Setranspetro e as empresas de ônibus disseram confiar na “seriedade e no profissionalismo das investigações, que vão apontar as causas do incêndio, episódio que nunca havia ocorrido em toda a trajetória do transporte coletivo por ônibus em Petrópolis.”

    Últimas