Trem turístico de Nogueira à Itaipava pode sair do papel
O projeto para a instalação de um trem turístico entre Nogueira e Itaipava está mais perto de sair do papel. O governo do Estado está pleiteando a liberação de uma verba no valor de R$ 200 milhões que serão usados na recuperação de linhas férreas em cinco cidades do Rio de Janeiro. Parte deste dinheiro, cerca de R$ 15 milhões, poderá ser usado na implantação deste trem, que é de iniciativa do ferroviarista e pesquisador, Antonio Pastori e do geógrafo, Ricardo Lafayette.
"Precisamos apresentar o projeto para o governo do Estado e conseguir uma fatia deste recurso para que o trem turístico saia do papel. O projeto já foi apresentado a Prefeitura, a associação de Nogueira, a Novamonsanto e também ao Petrópolis Convention & Visitour Bureau. Só precisamos de vontade política agora para que dê certo", disse o geógrafo, Ricardo Lafayette.
O recurso, R$ 200 milhões, é proveniente de uma multa aplicada pela ANTT à Ferrovia Centro Atlântica S.A. (FCA). Após a FCA desistir de administrar os 752 quilômetros da antiga Rede Ferroviária em todo o país, uma ação foi movida pelas associações ferroviarias contra a empresa, resultando na aplicação da multa. Desde 2014, o governo do Estado está pleiteando a verba junto ao Ministério de Transportes, Portos e Aviação Civil.
De acordo com o projeto, o trem sairia da estação de Nogueira e segue até o Parque Municipal em Itaipava, passando pela rua Braz Rossi seguindo até Trevo de Bonsucesso. Neste trecho, a viagem seguiria pela Estrada União Indústria até uma rota alternativa que será construída ao lado do Horto Municipal e seguindo até os fundos do parque. "O trilhos serão aqueles parecidos com o VLT permitindo que outros veículos como carros e ônibus também consigam circular", explicou Antonio Pastori. O projeto prevê a revitalização da estação de Nogueira, a construção de uma ponte e adequação do parque para a chegada do trem.
O trajeto usaria como base um projeto apresentado pela Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) como alternativa ao trânsito de Itaipava. A ideia é usar a Rua Agante Moço (localizada atrás do Parque Municipal) como rota alternativa para quem segue em direção ao distrito. A via usada seria uma rua ao lado do Hortomercado Municipal e o Corpo de Bombeiros ligando a Estrada União e Indústria à Agante Moço.
O projeto prevê ainda a duplicação e pavimentação da via que fica atrás do parque, a pavimentação do trecho, a criação de uma ponte e também a desapropriação de um trecho em um condomínio localizado na saída da Agente Moço, já na Estrada União e Indústria. "Não seria usado nenhum recurso da Prefeitura para a implantação do trem. Além do dinheiro referente a multa, estamos com uma parceria com o Fecomércio que irá ceder 15 vagões e cinco locomotivas que estão no Sesc de Grussaí e que não estão sendo usados", comentou o geoógrafo.
Em nota, a Prefeitura informou que assim que o Estado abrir prazo para o recebimento de propostas irá apresentar o projeto para a captação dos recursos estimados.