Treinar por zona de frequência cardíaca vale a pena?
Alguns corredores (as) se preocupam excessivamente com a Frequência Cardíaca em treinamento por zona. Até certo ponto é válido, mas não é tudo. A variabilidade da Frequência Cardíaca é influenciada pela ventilação pulmonar, a termorregulação o ciclo circadiano, o sexo e a idade. Ou seja, são muitas variáveis e normalmente as zonas de treino são baseadas em percentual da Frequência Cardíaca Máxima.
Ora! Mesmo que você tenha feito recentemente um teste de esforço ou ergoespirométrico que determinou a Frequência Cardíaca Máxima, esses valores mudam rápido seja pela melhora ou piora da performance. Continuar treinando por zona pode estar treinando aquém ou além e não evolui, porque a Frequência Cardíaca Máxima não é mais a mesma determinada no teste e muito menos na equação há muito tempo defasada 220 – idade.
Treine pela Percepção Subjetiva de Esforço, mas não abandone o frequencímetro. Conferir a Frequência Cardíaca durante o treino é bom para verificar a regularidade e o comportamento cardíaco. Só não dá para ficar escravo do monitor. Entretanto, em casos de reabilitação e/ou recomendação médica é fundamental treinar pela Frequência Cardíaca específica.
**Literatura Sugerida: Vanderlei, Luiz Carlos Marques et al. Noções básicas de variabilidade da frequência cardíaca e sua aplicabilidade clínica. Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery 2009.