Transporte público: Petrópolis teve pelo menos 73 registros de quebras de ônibus em outubro
Já não é de hoje que os petropolitanos se mostram insatisfeitos com o serviço oferecido pelas empresas de ônibus da cidade – Turp Transporte, Petro Ita, Cascatinha, Cidade das Hortênsias e Cidade Real. Segundo um levantamento feito pelos membros do Conselho Municipal de Trânsito e Transportes (Comutran) – representantes da sociedade civil, Petrópolis teve, pelo menos, 73 quebras de ônibus durante o mês de outubro.
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Segundo o documento, a cidade registrou quebras de ônibus, por pelo menos, 24 dias no mês. Vale ressaltar que os números não são oficiais, uma vez que a planilha é feita através de levantamento informal realizado pelos representantes da sociedade civil do conselho, e o número pode ser ainda maior.
A líder em registros é a Petro Ita, com 48 ônibus quebrados. Em seguida, aparece a Cascatinha, com 20 e a Turp Transportes, com 5. Somente em um dia, o veículo 5012, da Cascatinha, quebrou três vezes. No documento, não aparecem registros de quebras dos coletivos da Cidade Real e Cidade das Hortênsias.
Estacionamento irregular prejudica viagens
Outro problema recorrente na cidade é o estacionamento irregular, que é uma das principais causas de dificuldade na mobilidade urbana em Petrópolis. Recentemente, a Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (CPTrans) abriu uma licitação para contratação de reboques. Atualmente, os reboques são contratados de forma pontual.
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Ainda segundo o documento, oito linhas tiveram perdas de viagens decorrentes do estacionamento irregular.
Audiência Pública é realizada na Câmara de Vereadores
Na última quarta-feira (1º), uma audiência pública, presidida pela vereadora Júlia Casamasso aconteceu na Câmara Municipal de Petrópolis, com a presença de representantes da sociedade civil e do presidente da CPTrans, Thiago Damaceno, para debater os problemas no transporte público na cidade, além de apresentar soluções para a melhoria. As empresas de ônibus também foram convidadas para a sessão, no entanto, nenhum representante foi enviado.
“Temos que aproveitar que a concessão da Cascatinha e da Petro Ita acabam em 2025, para mudarmos, para repensarmos o modelo de transporte público, para sermos capazes de municipalizar a gestão e a operação do transporte no nosso município”, disse a vereadora.
Uma das possibilidades apresentadas na audiência foi a tarifa zero, levando exemplos de cidades que oferecem o transporte público gratuito a população.