• TIM: Receita de serviços sobe 4% no 4º trimestre

  • 23/02/2022 21:04
    Por Circe Bonatelli / Estadão

    A receita de serviços da TIM subiu a R$ 4,620 bilhões, alta de 4% na comparação entre o quarto trimestre de 2021 com o mesmo intervalo de 2020.

    A receita de serviços móveis avançou 3,8%. Aqui, o resultado foi puxado pelos planos pós-pagos, com alta de 3,7%, enquanto os planos pré-pagos tiveram resultado oposto: queda de 3,7%.

    A receita média por usuário (Arpu) no setor móvel teve crescimento de 2,6% e atingiu R$ 27,7 por mês. Isso reflete a estratégia da companhia de monetizar sua base de clientes com a migração de clientes para planos de maior valor agregado.

    No pós-pago, a TIM teve aumento das vendas nos planos impulsionadas pelas campanhas de Black Friday e Natal. No pré, a empresa sentiu o impacto da piora macroeconômica e fim do auxílio emergencial, que diminuiu as recargas.

    Um dos destaques no segmento móvel foi recém criada plataforma de clientes – que abrange parcerias da TIM para ofertas de serviços variados, como finanças, educação e publicada. A receita aí foi de R$ 37 milhões, alta de 150%.

    A receita com venda de produtos despencou 24,3%, para R$ 180 milhões, devido à falta de insumos e aparelhos, além da piora macroeconômica também.

    Fixo

    Já a receita do serviço fixo avançou 7,1%, para R$ 296 milhões. O segmento é puxado pela banda larga por fibra ótica (TIM Live), que cresceu 9,4%.

    A companhia admitiu que houve uma desaceleração do ritmo de expansão da TIM Live por uma combinação de fatores: preparação para das redes para cisão, na parceria com a IHS; aumento da competição em algumas áreas; queda da performance nas áreas onde a TIM ainda atua com a tecnologia FTTC (fibra até o poste).

    “A expectativa é que em 2022, a TIM Live volte a ingressar em novas localidades com FTTH (fibra até a casa), de forma a aumentar ainda mais a participação dessa tecnologia no resultado da receita”. As casas passadas com FTTH já são de 4,2 milhões, segundo a tele.

    Metas

    A operadora tinha como projeção para sua receita de serviços um crescimento na ordem de um dígito médio (o equivalente a cerca de 5%). Na prática, a tele mostrou uma alta de exatos 5% no indicador, chegando a R$ 17,497 bilhões.

    Para o Ebitda, a projeção também era de expansão na ordem um dígito médio. O resultado foi alta de 4,4%, atingindo R$ 8,738 bilhões.

    O capex (investimentos) previstos era de aproximadamente R$ 4,4 bilhões em 2021. Foram entregues R$ 4,382 bilhões – desconsiderando os desembolsos para aquisições de licenças do 5G.

    Por fim, o fluxo de caixa operacional (medido pelo valor do Ebitda menos capex) era de aproximadamente 24% da receita líquida. Na prática, ficou em 24,1%.

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