Tiago Leifert fala sobre 20ª edição do BBB
No dia 29 de janeiro de 2002, 12 pessoas entraram em uma casa construída no meio de um complexo de estúdios de televisão. O projeto levou 55 dias para ficar pronto e contou com o trabalho de 500 profissionais. Mas não era uma casa comum. Estava repleta de câmeras, espelhos e microfones por todos os lados. O que ninguém imaginava na época era que a casa seria palco de momentos que marcaram a história da TV brasileira, fazendo com que o formato reality show virasse um dos preferidos do público e entrasse no dia a dia, na rotina, nos assuntos e, hoje, na memória de muitos brasileiros.
De lá para cá foram 19 edições, 296 participantes, 1508 programas e muita história para contar. Paredão e recordes de votação, tretas, romances, edredom, fogo no parquinho. As expressões e as histórias polêmicas, engraçadas e emocionantes permearam as mesas de bar, o jantar das famílias, a imprensa e os trending topics nos últimos 19 anos. E, a partir do dia 21 de janeiro, na estreia da vigésima edição do ‘Big Brother Brasil’, uma nova página de memórias do reality show mais duradouro da televisão brasileira começará a ser escrita.
Sob o comando de Tiago Leifert, com direção geral de Rodrigo Dourado, o BBB receberá este ano duas turmas. Pessoas diversas, mas com o mesmo objetivo: viver todas as experiências que o confinamento pode proporcionar. Um grupo de moradores composto por inscritos, que participaram de seleções em todo o Brasil, e convidados do programa, vindos de diferentes áreas de atuação.
Ícones e clássicos de temporadas antigas se transformam e servem de inspiração para a nova edição em releituras de provas, monstros, na decoração da casa e em outras surpresas que vão relembrar, ao longo de todo o confinamento, momentos marcantes do reality. A edição também trará novidades que prometem agitar o jogo: um líder com mais poderes do que nunca. Novas formas de escapar do paredão. Novas dinâmicas que alteram a maneira de olhar o game, mas não mudam o clima de diversão e disputa que move a nave louca do BBB.
Tiago Leifert, que comanda o programa pelo quarto ano, destaca que as mudanças e novidades do BBB 20 podem ser decisivas para a definição do grande campeão: “Nesta edição, os confinados terão mais elementos para jogar, para criar alianças e escapar do paredão, por exemplo. São novidades do BBB 20 que vão contribuir muito para o jogo. Quem vier para jogar vai ter muitas ferramentas nas mãos”, adianta.
E quando o assunto é ‘Big Brother Brasil’, a relação de Tiago Leifert com o reality é não só profissional, mas também de fã. “Acho muito legal participar de tudo, ver como as coisas são feitas nos bastidores, poder ter acesso a informações super secretas que todo mundo só descobre no ar”, brinca o apresentador, que fala ainda sobre os desafios de comandar o programa: “O exercício principal do apresentador é conseguir se dividir nos papéis que ele tem que executar em dias diferentes. Ser solidário em eliminações, ácido em jogos da discórdia, exercer funções de árbitro em provas, brincar com os confinados em dia de festas… Saber caber nesses quadradinhos na hora e no dia certo é muito importante”.
Tiago afirma, ainda, que adora o “fator game” do reality e que o lado humano completa a equação. “Sempre fui fã e o que mais me encanta no BBB é a parte do jogo, ver a inteligência dos jogadores. Mas o segredo da longevidade do programa, na minha opinião, é o elenco. São pessoas que amam o ‘Big Brother’, que entram na casa e a gente descobre nelas coisas extraordinárias. Pode parecer que é moleza, mas o BBB não é fácil. Só quem passa pelo confinamento pode explicar o que é”.
A história que permeia a vigésima edição se mistura, também, com a história do diretor-geral Rodrigo Dourado, que está no ‘Big Brother Brasil’ desde a primeira temporada – passando por diferentes funções, desde a edição até o comando de toda equipe, agora na posição de diretor-geral. A possibilidade de inovação que o BBB proporciona sempre foi e continua sendo instigante para o diretor: “Para mim, não existe nada mais legal do que fazer esse programa. A capacidade de renovação está no DNA do BBB. Cada edição é única. É sempre uma nova história. O mais legal é ver essa turma que a gente escolheu com tanto cuidado entrando na casa. Começa sempre como uma página em branco e a gente não sabe aonde vai parar”.
Dourado conta, ainda, que o reality é um lugar de diversão e um espaço de reconhecimento. “O público se identifica com as situações, com as pessoas, com suas histórias. No fundo, todo mundo que acompanha o programa já se colocou no lugar de um participante, já se emocionou, sentiu raiva, viveu tudo com ele, mas do outro lado da tela. A verdade é que todos os gêneros de televisão estão presentes num programa como o BBB. A gente se diverte aqui fora e quer vê-los lá dentro se divertindo, jogando, se entregando às brincadeiras e desafios sem medo. O fator humano é nossa maior riqueza ”, diz.