• Terminal rodoviário grita por intervenções

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  • 17/05/2016 17:30

    O Terminal Rodoviário Imperatriz Leopoldina, conhecido popularmente como Terminal Centro, está com sérios problemas estruturais. Quem passa diariamente pelo local já até se acostumou com a paisagem considerada feia pelos passageiros, mas para quem é novo na cidade, o cenário causa medo e aversão. Paredes rachadas, emboço descascado, mofo e infiltrações no teto deixam a estrutura comprometida. Além disso, o aspecto de sujeira e o mau cheiro tornam o local um tanto quanto desagradável.

    Jorge Lins Ribeiro, de 64 anos, morador de Três Rios, visita frequentemente sua irmã caçula, Vera Ribeiro, em Petrópolis. A servidora pública mora na localidade de Lagoinha, no Alto da Serra, e para chegar até lá, o aposentado precisa passar pelo Terminal Centro. “Eu pego o ônibus da minha casa até o terminal de Três Rios, e de lá pego um ônibus para a Posse, de onde venho pro Centro de Petrópolis. Aqui eu desço nessa rodoviária, para poder pegar o ônibus pro Morin”, explicou. Para ele, o cenário é assustador. “A diferença de Três Rios para Petrópolis é muito grande. Lá no piso da rodoviária urbana é possível ver o reflexo do nosso rosto, como se fosse um espelho, de tão limpo. Além disso, a estrutura é toda nova. Já aqui em Petrópolis, quando desço fico até com medo. É tudo muito sujo, escuro, e quando a gente olha para o teto a estrutura está à mostra, e o mofo se junta às infiltrações. Parece que aquele prédio não vai aguentar muito tempo. Eu tenho medo de entrar aqui. Minha irmã diz que não tem perigo, mas é meio assustador. Eu só não entendo como uma cidade turística pode ter um terminal urbano tão feio quanto esse aqui”, completou o trirriense.

    A idosa Matilde Serqueira, de 68 anos, que mora no Siméria, também passa pelo terminal centro para chegar em casa. “Eu venho ao centro toda semana. Preciso fazer fisioterapia, e por isso tenho que desembarcar aqui na rodoviária velha. Essas paredes pretas e esses buracos no teto são horríveis. Além disso, outro dia mesmo eu estava encostada na parede, sentada no banco preferencial, quando parte do emboço caiu e sujou minha blusa toda. Saiu esse farelo da pintura, de cor azul. Claro que não machucou, mas é um transtorno pra gente. Além de ter que passar por um lugar tão feio e inseguro a gente ainda se suja”, relatou.

    Além dos problemas citados na reportagem, ainda há buracos e desníveis no chão, que dificultam a acessibilidade. Durante nossa visita ao local, não encontramos cadeirantes, mas o cobrador de uma empresa de ônibus que atende ao local disse que já teve que descer com um cadeirante no colo até a beira da rua. “Eu tive que pegar ele no colo e levar até a Porciúncula (se referindo à rua Dr. Porciúncula). Isso porque a cadeira agarrava no chão e ele não conseguia se locomover. É muito feio esse pedaço aqui. Eles têm que tomar uma medida urgente, porque se deixar do jeito que está, com todos esses anos só com manutenção paliativa, essa estrutura vai é desabar”, completou.


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