• Teresa nos trilhos

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  • 03/11/2016 10:50

    “- A rua Teresa vai mal!” – eis uma repetição diária e constante dos petropolitanos e visitantes.

    “ – E quem terá a solução para colorir novamente o chamado “shopping a céu aberto”? – perguntam muitos.

    “ – Soluções existem? Ideias inteligentes e viáveis estão sendo discutidas? – as dúvidas persistem.

    As lideranças que agitam a área aumentam a preocupação de todos ao deixarem escapar viáveis projetos para salvar a área comercial de Petrópolis mais badalada dos últimos anos.

    Não existem culpas e nem se apontam culpados e alertas vem sendo veiculados. Os comerciantes da rua Teresa, em certo momento, resolveram que poderiam ampliar seus negócios, inaugurando lojas e pontos de venda em outros locais do município e em cidades vizinhas. O resultado foi danoso para a rua Teresa, que viu diminuir a clientela agora estacionando seus carros e ônibus em outros pontos, prejudicando os comerciantes fiéis à rua, aqueles que não fortaleceram os cipós para alcançarem galhadas mais altas.

    E o resultado aí está, com direito à choradeira e tudo, rolando as lágrimas de crocodilo rua abaixo e acima e invadindo lojas cheias de mercadorias e carentes de freguesia. E lágrimas muito salgadas ardem.

    Pois então, eu, que não sou do ramo, apenas idealista e ansioso para ver o retorno dos sorrisos e a volta das sacoleiras, descobri uma solução para a crise da rua. Claro que ela demanda recursos – muitos – e medidas políticas legais antipáticas, sofríveis porém necessárias e que poderiam recriar uma rua Teresa de sonho e magia, com duas atrações para encher os olhos dos forasteiros e reabrir a alegria da população.

    São elas : a volta dos trilhos: dos trens e dos bondes. O trem trazendo os compradores e visitantes do Rio de Janeiro, linha Rio-Alto da Serra, no ajuste do percurso que vem do passado: e os bondes circulando pela rua Teresa, subindo e descendo, desde o Alto da Serra até a altura da rua Marechal Deodoro nela o sítio da manobra com um bonde descendo e o outro subindo junto aos meios fios da artéria. Ficaria proibida a circulação de ônibus e permitido o acesso por automóveis, desde que, no projeto fossem contemplados espaços amplos para estacionamentos (quem sabe por ali pela extinta Fábrica Dona Isabel?) e nenhum carro estacionasse na via, mesmo no tempo permitido para compras nas farmácias.

    Maluquice? “No way”? E aí?

    Podem rir e até chorar mas do jeito que a carruagem anda, não dá mais. A rua Teresa agoniza e somente poderá ser revitalizada pela volta do trem e do bonde, ambos transportes existentes nas grandes cidades do mundo, que tiveram tradição em Petrópolis e compõem a rica tessitura histórica da nossa urbe da vilegiatura antiga, esta hoje substituída pelo turismo, nosso destino que o futuro há de abraçar sob uma política realista e deitada – como deve ser – para a sustentabilidade nossa e alegria dos visitantes.

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