Tendões levam mais tempo para se adaptar às cargas
Já vimos em postagens anteriores que uma parcela dos corredores (as) têm pressa em evoluir querendo bater recorde pessoal em curto espaço de tempo. É preciso ter paciência porque em certo momento da planilha, cuidadosamente organizada por um treinador, parece que os músculos se adaptaram e até pode ser mesmo. Entretanto, os tendões, que são predominantemente compostos de feixes de fibras de colágeno tipo I, Ratamess et al, (2009), levam mais tempo para isso e lesões nos tendões (tendinites) levam mais tempo também para curar do que as lesões musculares. A principal função dos tendões é a transmissão de forças para o osso aumentando a estabilidade articular, Roshan et al. (2008). Além disso, os grupos musculares não são do mesmo tamanho e não têm a mesma força. Eles se completam. Os isquiotibiais, por exemplo, (posteriores da coxa), geralmente são mais fracos que os quadríceps. Daí a importância de, na musculação, prestar atenção nas cargas, séries e repetições que não são as mesmas como se fosse uma receita de bolo para todos os músculos. Não é raro vermos gente fazendo 3 x 15 pra tudo em academia com a mesma carga que usou no quadríceps. Lembrando que isquiotibiais e glúteos fracos o corredor (a) sobe mau sofrendo em qualquer ladeira. Outro bom exemplo são os adutores da coxa também mais fracos e normalmente desprezados. Prof. Moraes
Literatura Sugerida: CARVALHO, Barroso Thiago et al. Adaptações Neuromusculares e Tendíneas ao Treinamento de Força Muscular: Revisão de Literatura. Revista Estação Científica – Fisioterapia – Juiz de Fora 2012.