• TCU mantém suspensão das obras para construção da nova pista de subida da serra

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  • 30/10/2019 16:02

    O Tribunal de Contas da União (TCU) reafirmou as irregularidades encontradas na obra da nova subida da serra e manteve o voto de paralisação dos trabalhos. O relatório foi divulgado esta semana e faz parte do Fiscobras 2019, que conta com 77 fiscalizações de empreendimentos de infraestrutura em todo o país. Dessas, 59 foram classificadas com indícios de irregularidades graves, entre elas, a da BR-040.

    A obra de responsabilidade da Concer – concessionária que administra a rodovia – está paralisada desde 2016 e, há dois anos, relatórios do TCU vêm apontando irregularidades no contrato e determinando a suspensão dos trabalhos. De acordo com os técnicos do Tribunal de Contas da União, há sobreavaliação do valor do reequilíbrio econômico-financeiro, sobrepreço no orçamento da obra, além de projetos básicos e executivos desatualizados e deficientes.

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    No relatório, o ministro Walton Alencar Rodrigues destaca que a construção da nova subida da serra foi objeto de avaliação nos três ciclos do Fiscobrás – 2017, 2018 e 2019 – e em todas elas foi mantida a classificação de irregularidades graves e paralisação da obra. O empreendimento faz parte das obrigações da concessão da Concer e deveria ter sido entregue em 2001, cinco anos após a assinatura do contrato. 

    O projeto prevê a construção do maior túnel do Brasil, medindo 4.690 metros; a duplicação paralela à pista de descida existente, a construção de outros dois túneis com extensão de 300 metros; marginais na região da baixada e acessos a aglomerados urbanos; retornos; variante de traçado para adequação da pista descendente e melhorias no acesso à Rodoviária do Bingen e a Petrópolis; interseção com a RJ-145 – Xerém e implantação da praça de pedágio no km 102 – além de indenizações por desapropriações e remanejamento de interferências. 

    Na época, o orçamento da obra foi estimado em R$ 80 milhões. Este valor subiu para R$ 276.922.657,93 milhões, preço recebido pela Concer de um termo aditivo para dar continuidade aos trabalhados. A obra efetivamente só começou em 2013, ou seja, 12 anos depois do prazo contratual de entrega. 

    Em nota, a Concer informou que encaminhou todos os esclarecimentos solicitados há mais de um ano, e reitera ser credora da União em relação a diferentes aspectos do contrato de concessão, sendo a obra da nova subida da serra o principal deles. A concessionária informou ainda que aguarda o devido reequilíbrio contratual.

     

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