Taxas futuras de juros se ajustam para baixo, em sintonia com o dólar
As taxas de juros negociadas no mercado futuro operam nesta quarta-feira, 7, em baixa em toda a extensão da curva, alinhadas com a queda do dólar ante o real. A queda ocorre apesar dos ajustes de alta nos juros dos Treasuries (títulos do Tesouro americano) e também da aceleração da inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de julho.
O indicador, calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) avançou para 0,83%, contra 0,50% em junho e superou o teto das estimativas do mercado financeiro colhidas pelo Projeções Broadcast, que previa uma inflação de 0,80% no período.
Segundo o estrategista-chefe da JF Trust, Eduardo Velho, o mercado brasileiro devolve hoje parte dos prêmios adicionados ontem à curva, quando as taxas avançaram na esteira do tom mais duro da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Ele aponta que o ajuste também é favorecido pela melhora do humor global, que conta também com a “trégua” nos ajustes de política monetária do Japão, além da falta de novidades no âmbito fiscal doméstico.
No entanto, o profissional ainda espera momentos de volatilidade à frente, levando em conta principalmente as dificuldades que o governo terá com o quadro fiscal, mas também as movimentações no mercado internacional.
Às 11h08, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 10,665%, ante 10,701% do ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2026 projetava 11,45%, contra 11,55% do ajuste anterior. A taxa de janeiro de 2027 era de 11,59%, de 11,69% de terça-feira.