Taxas curtas de juros recuam com ajustes, mas vencimentos longos mantêm resistência
Depois de uma abertura em alta, as taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam em baixa na manhã desta segunda-feira, 13, com maior ênfase nos vencimentos mais curtos. A queda é atribuída a um ajuste nos prêmios de risco, iniciado em princípio com o recuo do dólar, que não se sustentou por muito tempo. Há também menor pressão nos retornos dos Treasuries. O relatório Focus não foi considerado uma novidade no dia, com alterações mais sutis na edição desta semana.
“O mercado de juros está mais calmo hoje, mas há uma rigidez à frente, principalmente a partir de fevereiro, quando os indicadores de inflação devem ser bem mais altos. Creio que o movimento de hoje é temporário, de desmobilização”, afirma o economista-chefe da Equador Investimentos, Eduardo Velho.
Segundo o economista, o dólar também deverá manter uma resistência no patamar dos R$ 6, levando em conta também fatores externos, com os mercados ajustando as apostas para um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais “hawkish”, diante dos dados de emprego mais fortes no país.
Às 10h56, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2026 tinha taxa de 14,980%, ante 15,081% do ajuste de sexta-feira.
O DI para janeiro de 2027 projetava 15,345%, contra 15,442% do ajuste anterior. Na ponta longa, o DI para janeiro de 2030 tinha taxa de 15,28%, de 15,29% de sexta-feira.