• Taxa de câmbio serve para absorver choques e BC só faz intervenção raramente, afirma diretor

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  • 23/out 13:31
    Por Cícero Cotrim e Eduardo Laguna / Estadão

    O diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti, disse nesta quarta-feira, 23, que a autarquia não vai usar a política cambial para ajudar a controlar as expectativas de inflação. Indagado sobre esse tema, ele repetiu que intervenções no câmbio são pontuais e ocorrem apenas em casos de disfuncionalidade.

    “Não há intenção de usar a política cambial para conduzir o papel que a taxa de juros tem no Brasil”, ele disse, em uma reunião com investidores organizada pela XP, nos Estados Unidos. “Deixamos a política cambial para absorver choques externos, e temos escolhido intervir no mercado muito raramente, apenas em momentos em que há disfuncionalidade ou volatilidade excessiva.”

    Quando indagado sobre o uso de medidas macroprudenciais, como compulsórios, Picchetti afirmou que elas serão consideradas apenas se houver sinais de problemas em termos da estabilidade financeira, cuja garantia também é um mandato do BC.

    “Até agora, esse não é o nosso cenário”, disse o diretor.

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