Swiatek comemora vitória em caso de doping junto à Agência Mundial
Iga Swiatek não escondeu o alívio pela decisão da Agência Mundial Antidoping (Wada) de não apelar em seu caso de doping no circuito feminino de tênis. A entidade acatou a defesa da ex-número 1 do mundo, ao considerá-la “plausível”. A decisão, anunciada nesta segunda-feira, encerrou o caso.
“Bem, com certeza, estou satisfeita por poder encerrar o caso e posso seguir em frente e terminar todo esse processo, porque só quero jogar tênis e me concentrar no torneio”, declarou a polonesa, após arrasar a jovem alemã Eva Lys por 6/0 e 6/1, pelas oitavas de final do primeiro Grand Slam do ano, em Melbourne.
A decisão foi anunciada poucos minutos antes do triunfo de Swiatek nas quadras australianas. “A Agência Mundial Antidoping (Wada) confirma que, após uma análise minuciosa, não apresentará um recurso à Corte Arbitral do Esporte (CAS) no caso da tenista polonesa Iga Swiatek, que testou positivo para trimetazidina (TMZ), uma substância proibida, em agosto de 2024”, anunciou a entidade.
Se recorresse da decisão inicial, tomada pela Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA), a Wada poderia buscar uma suspensão que poderia deixar Swiatek fora das competições por meses ou até mesmo por anos. É o que pode acontecer com o italiano Jannik Sinner, cujo caso de doping chegará à CAS em abril, após a Wada recorrer da decisão inicial.
O caso de doping da polonesa veio a público no fim de novembro. De acordo com a ITIA, Swiatek já havia sido afastada provisoriamente do circuito, perdendo três torneios em outubro, e terminou sua suspensão em dezembro, período de férias dos tenistas.
“A Wada buscou orientação de um consultor jurídico externo, que considerou que a explicação da contaminação da atleta foi bem evidenciada, que a decisão da ITIA estava em conformidade com o Código Mundial Antidoping e que não havia base razoável para recorrer à CAS”, disse a Wada, em comunicado.
Swiatek aceitou uma suspensão de um mês depois de testar positivo para a substância proibida trimetazidina, um medicamento para o coração conhecido como TMZ. Ela havia testado positivo para a substância em agosto e a ITIA aceitou sua explicação de que o resultado não foi intencional, causado pela contaminação do medicamento sem prescrição médica melatonina, que ela tomava para problemas com “jet lag” e sono.
A ITIA determinou que o nível de culpa de Swiatek estava “na extremidade mais baixa da faixa para nenhuma culpa ou negligência significativa”. Esse “cenário”, disse a Wada nesta na segunda, “é plausível e não haveria motivos científicos para contestá-lo”.