Suspensão da Serra Serata resolve a crise financeira da prefeitura?
Se não estão se fazendo essa pergunta, deveriam. Afinal, a Serra Serata que nem despende de muitos recursos e é realizada em apenas três dias, terá o potencial de resolver ou iniciar a solução da crise econômica da prefeitura que ela própria se colocou, inclusive? Ou o anúncio de suspensão da festa coloca em xeque o calendário de eventos deste ano, como o Natal Imperial e ainda influencia, negativamente, os de 2024? Suspender o evento seria uma tentativa de aliviar a imagem da prefeitura que está chamuscada neste episódio do ICMS ‘extra’ que gastaram por conta? Mas vai funcionar ou ainda piorar?
Melhor explicar de novo
Vamos relembrar o caso: em outubro do ano passado, após uma ação judicial, Petrópolis obteve aumento de R$ 288 milhões anuais em sua receita, ligado ao repasse de ICMS. Essa decisão, em caráter liminar, foi em primeira instância e, portanto, frágil, correndo o risco de ser revista. E acabou sendo mesmo. Teresópolis questionou suas perdas e o Tribunal de Justiça do Estado identificou 87 municípios afetados – porque mais três, além de Petrópolis, tinham ingressado pelo mesmo caminho e conseguido repasses maiores. E assim, a liminar foi suspensa e voltou tudo como antes. Só que Petrópolis, com R$ 24 milhões a mais por mês abriu uma porção de frentes. Deveria ter deixado cair o dinheiro primeiro para então gastar e não gastar por conta.
Economia de quanto?
Agora, na boa: a prefeitura deveria deixar claro em quanto ela economiza suspendendo a Serra Serata. E mais: onde mais vai cortar para economizar e não aumentar o rombo nas contas públicas. Porque não nos parece que o evento custe milhões…
Ai, ai
E vereadores governistas foram a Teresópolis apresentar na Câmara de lá uma moção de repúdio ao prefeito da cidade vizinha que entrou na justiça para rever uma perda de R$ 13 milhões de ICMS em detrimento de uma divisão que deu a Petrópolis uma fatia maior de repasse do imposto. A gente agora passa vergonha no crédito, no débito e no Pix.
E lá vamos, nós de novo!
E vamos para a quarta tentativa de licitar um banco para gerir a folha de pagamento de 12 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas da prefeitura. Com números muito esganados, a prefeitura tentou duas vezes, por R$ 34,8 milhões em julho e no início de agosto, licitar um banco, mas ninguém quis, afinal, o Santander, atual banco oficial, em 2018 pagou R$ 22 milhões para gerenciar as contas. A penúltima tentativa dia 24 de agosto foi com preço menor: R$ 23 milhões, mas fracassou. E a prefeitura tenta novamente agora dia 14 e baixou bem o que deseja receber: tá querendo R$ 17 milhões.
Contagem
E Petrópolis está há 115 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Homenagem
A Câmara de Vereadores deveria dar um jeito de atualizar a galeria de fotos de seus ex-presidentes e homenagear o ex-vereador Maurinho Branco, falecido precocemente, que também ocupou a presidência. A última foto inaugurada é de Bernardo Rossi, de 2010. Há tempos atrás era uma saia justa porque Paulo Igor não podia, por força de decisão judicial, entrar na Câmara. Mas, o ex-presidente já é falecido. Porém, o seguinte é Roni Medeiros, que teria a mesma restrição. Isso impediria a inauguração das fotos de Maurinho Branco, Hingo Hammes e Fred Procópio, que vieram depois. Agora com a morte de Maurinho podiam rever a situação de Roni.
Pix day da APPO
Sextou e sendo o dia 1º do mês, a Associação Petropolitana dos Pacientes Oncológicos realiza mais uma edição do seu PIX Day. A ação, que é realizada desde maio de 2022, é um convite para que todos contribuam com a instituição, por meio de PIX com valores a partir de R$1,00. Desta vez, as doações serão revertidas para a aquisição de insumos que compõem o café da manhã e da tarde dos acolhidos na Casa de Apoio e dos pacientes em tratamento na cidade. A chave PIX da APPO para contribuição é o e-mail appo@appo.org.br.
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