
Suplementação de Ômega 3: você precisa ou não?
Todos nós que praticamos alguma atividade física como a corrida, para mais ou para menos, sabemos que o princípio de qualquer exercício físico é “agredir”, por assim dizer, as fibras musculares. Isso provoca uma reação inflamatória cuja finalidade é regenerar o desgaste promovendo a chamada supercompensação. Quando a intensidade do exercício extrapola a capacidade de defesa das células ocorre o chamado estresse oxidativo o que é nocivo ao corpo. O que fazer? As chamadas gorduras boas (ácido graxos poli-insaturados) são classificadas como gordura ômega-6 e ômega-3. A primeira estimula o processo inflamatório e a ômega-3 inibe (Barber MD et all.2000), devendo ser ingeridos na alimentação de forma equilibrada.
Eis a questão! Nem sempre a ingestão de ômega-3 na alimentação é suficiente sendo necessário a suplementação. Sabe-se que a maior fonte de ômega-3 é o Salmão mas, aquele salmão do mar que se alimenta das algas marinhas. A maioria que chega a nossa mesa vem dos cativeiros alimentados com ração. A qualidade dos alimentos caiu muito. O ômega-3 aumenta a queima de gordura, diminui o colesterol, ajuda no metabolismo basal e controla a pressão arterial. Além disso, tem efeito anabólico aumentando a ligação IGF-1 à musculatura esquelética aprimorando a sensibilidade à insulina Liu et. al. (1994).
Dependendo no nível, intensidade das atividades físicas, funcionais, sexo e idade, pode ser necessário a suplementação de ômega-3. Quando você para no posto de combustível fala: “completa o tanque”. Suplemento é isso: É para suplementar; completar o tanque. Quem tem que decidir isso é o médico especialista ou o nutricionista de cada um. NUNCA fazer uso por conta própria especialmente seguindo “achistas” e bloqueiros (as) sem formação em nutrição nas redes sociais, colegas de academia ou comprar aleatoriamente em lojas de suplementos.
**Literatura Sugerida: 1) LIU, S. et al. Os ácidos graxos ômega-3 e poliinsaturados na dieta modificam a composição de acil graxo e a ligação à insulina no sarcolema do músculo esquelético (1994). 2) Chorner Z, et al. – Fisiologia Regulatória, Integrativa e Comparativa (2016).