Sullivan: Biden não vai pressionar europeus a cortarem importação de energia da Rússia
O Conselheiro de Segurança Nacional americano, Jake Sullivan, afirmou nesta terça-feira, 22, que o presidente Joe Biden viaja à Europa para “mostrar que seguimos unidos”, e que os aliados podem impor custos ainda mais severos à Rússia. Em coletiva de imprensa, por sua vez, o conselheiro disse que os Estados Unidos estão em uma posição única de serem produtores de energia, e que Biden não irá pressionar os europeus a cortarem importações de energia da Rússia. Ainda assim, Sullivan apontou para possíveis novas sanções, e disse que os aliados estão prontos para a crise por conta da guerra na Ucrânia “o quanto ela durar”.
Segundo o representante, Biden irá discutir postura em caso de eventual apoio da China à Rússia na Ucrânia junto aos parceiros europeus, e tentará passar uma mensagem comum sobre as consequências. Outro tema que deve ser discutido é uma resposta em caso de ciberataques contra um integrantes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). De acordo com Sullivan, pode haver uma resposta coletiva, assim como previsto em caso de outras agressões, ainda que não seja militar. Ontem, Biden alertou sobre eventuais ciberataques da Rússia contra os EUA, e disse que o país tem capacidade operacional para realizá-los.
Na visão do conselheiro, o uso de armas nucleares pela Rússia é alvo de preocupação, e segue sendo monitorado. No entanto, “ainda não mudamos nossa postura”, afirmou Sullivan. Questionado sobre os possíveis desfechos da guerra, respondeu que a Rússia não vai conseguir tomar a Ucrânia do povo ucraniano, e que também não irá subjugar o país.
Nesta semana, Biden participa em Bruxelas de reunião da Otan e do Conselho Europeu.