STF: Participação de magistrados em eventos patrocinados tem caráter acadêmico
O Supremo Tribunal Federal afirmou que a “participação nos eventos citados terá sido em caráter acadêmico e sem nenhum gasto” para a Corte. No Supremo há ministros, como Rosa Weber – atual presidente da Corte – e Edson Fachin, que se recusam a comparecer a tais fóruns. Procurados, ministros do STF, do STJ e juízes citados na reportagem não se manifestaram, nem responderam se arcaram com as despesas de viagem e hospedagem.
O Instituto Brasileiro da Insolvência (Ibajud), o Instituto Brasileiro de Direito da Empresa (IBDE) e o Esfera Brasil também não se manifestaram. O Lide afirmou ser “independente, apartidário, multissetorial e multilateral. “O Lide não efetua pagamentos de cachê aos expositores em suas iniciativas. Em eventos internacionais, como os realizados em Nova York (EUA) e Lisboa (Portugal), os palestrantes viajaram a convite do Lide e, naturalmente, foi oferecido o custeio de transporte e hospedagem. Este procedimento foi igual com todos os conferencistas.”
O Turnaround Management Association (TMA) disse em nota que “não remunera seus palestrantes ou debatedores, provendo tratamento idêntico, sem nenhuma diferenciação, entre profissionais da área, sejam eles agentes públicos ou com atuação privada”.
O Banco do Brasil afirmou que “as ações de promoção e patrocínio realizadas pelo BB contribuem para a construção da imagem corporativa junto aos clientes e para fortalecimento de resultados negociais da empresa”. “Visam promover a experiência com a marca, a compra ou uso dos produtos e serviços do conglomerado do Banco, bem como o relacionamento e fidelização de clientes e públicos de interesse do BB”. Disse ainda que os patrocínios, como o citado na reportagem, “permitem interação direta da marca Banco do Brasil com diferentes públicos estratégicos”.
A Associação Nacional das Administradoras de Benefícios (Anab) afirmou que, “em cumprimento às suas finalidades estatutárias, patrocina, apoia e participa de eventos que tratam de temas sobre o segmento que representa, envolvendo discussões coletivas sobre Saúde, Direito e Tecnologia, contribuindo para o debate do setor e o conhecimento de seus associados sobre melhores práticas e tendências”.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.