• Startups mostram força e movimentam o mercado fluminense de games

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  • 04/01/2021 14:19

    Startups mentoradas pelo StartupRio, programa vinculado à Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, ganharam destaque em 2020. Enquanto o game Deathbound, da desenvolvedora Trialforge Studio, levou o prêmio de melhor jogo no Festival SBGames, a também desenvolvedora Dumativa conseguiu uma arrecadação histórica na campanha de financiamento coletivo para desenvolver o jogo Ordem Paranormal: Enigma do Medo, quando alcançou R$ 3,2 milhões.

     O StartupRio é responsável pelo desenvolvimento de mais de 60% das empresas de jogos eletrônicos no estado e tem um portfólio de 20% das empresas aceleradas com foco em jogos ou gamificação.

    “É uma indústria que simplesmente não parou nem por causa da pandemia. O mercado brasileiro tem sido muito forte. Este ano espera-se que o faturamento com games no Brasil ultrapasse R$ 1,6 bilhão”, afirmou Paulo Espanha, coordenador-geral do StartupRio.

    Durante a pandemia, a Dumativa lançou campanha de financiamento coletivo. A meta inicial era arrecadar R$ 500 mil, mas a recepção do público foi tão boa que a desenvolvedora pôde expandir o escopo do que estava criando. A empresa foi formada por um conjunto de compositores, roteiristas, designers e programadores.

    Dois de seus membros participaram de editais do StartupRio: Vinícius Braga, coordenador de projetos e produtor musical, e Mairon Luz, designer de jogos sênior, levaram suas experiências e conhecimentos adquiridos no programa para a empresa.

    “A Dumativa começou como um grupo de amigos que resolveu desbravar a indústria de jogos e entretenimento digital no Brasil. Após alguns projetos sem sucesso comercial, a gente conseguiu se recuperar. Já participamos do Rock in Rio, Game XP e Comic Con Experience. Em 2021, a gente quer expandir ainda mais”, comentou Júlia Teixeira, gerente de comunidade da desenvolvedora.

    Em novembro, a Trialforge Studio viu o jogo Deathbound, seu primeiro grande projeto, ganhar o prêmio de Melhor Jogo pelo júri técnico e o júri popular no Festival SBGames, além de ser indicado em outras cinco categorias. O game, ainda em desenvolvimento, é sobre uma jornada de mortalidade, identidade, fanatismo e luto.

    “Conquistar esses prêmios nos deixou muito confiantes. Espero que seja um indicativo de coisas boas que virão. Estamos em busca de apoio, alguém que queira investir na nossa ideia, transformar o projeto em realidade e receber os louros dessa colaboração”, afirmou Ítalo Nievinski, co-fundador da Trialforge.

    Italo e seu sócio, Diogo Souza, são apaixonados por games e possuem formação que permitiu que trabalhassem no ramo. Após darem seus primeiros passos no desenvolvimento de jogos, decidiram aplicar para o StartupRio e formalizar a criação da empresa. Desde então, com a mentoria recebida, a desenvolvedora conseguiu fechar negócios, montar uma equipe e avançar no desenvolvimento de seus projetos.

    O aprendizado de um ano e meio durante o projeto tem se multiplicado. A equipe da Trialforge Studio vem participando de maneira ativa do StartupRio, sendo um dos mentores das novas turmas. A qualificação da mão de obra fluminense voltada para jogos acabou se tornando uma das bases da empresa.

    “A gente faz questão de trazer pessoas do Rio de Janeiro para aprenderem as principais ferramentas e viver esse processo. É importante passar adiante os aprendizados e experiências que vivemos com o StartupRio e contribuir para a qualificação dessa mão de obra”, comentou Ítalo.

    Capacitação e aceleração de empreendedores digitais fazem parte dos pilares do StartupRio. A idéia é sempre fomentar boas ideias que, nutridas, sejam apropriadas em empreendimentos maduros e relevantes, fortalecendo a base tecnológica do estado.

    “Por meio do StartupRio, o estado do Rio de Janeiro tem uma janela de oportunidade única de se posicionar entre os maiores centros de economia criativa do mundo com a indústria de games. Para isso, temos que ousar e investir em editais que apoiem esse mercado, desde os projetos menores até os que almejam se tornarem blockbusters”, concluiu Paulo Espanha.

     

     

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