Sou um
Estamos perto das eleições nacionais para escolha do presidente e outros menos votados. Dúvida cruel perpassa em todas as cabeças, pela apresentação – ou reapresentação – das mesmas figuras de sempre. Senão pelos nomes, pelos conteúdos nulos de conhecimento político, pela ignorância crônica de nossa história pátria, pela nulidade de mínimo embasamento inteligente para o discernimento do que é bom, útil, adequado e etc-e-coisa-e-tal.
Acabou a copa do mundo, entramos na copa imunda. Sim, porque a limpeza da política não se processou como devia, estando corruptos e corruptores buzinando em todas as orelhas suas plataformas e projetos, sabendo todos que o que a turma deseja mesmo é se arrumar, por si, parentada, cabos eleitorais, amigos e correligionários. Afinal, a arrecadação nacional, no país campeão na cobrança de impostos é um botim de respeito, farto e pessimamente administrado, com mais buracos que as ruas, avenidas, estradas, caminhos que cortam o imenso país tropical.
O pior de tudo é a cratera moral onde muitos políticos chafurdados no lamaçal, lambem beiços atolados de insensatez e burrice e o povaréu, em volta, de mãos estendidas aos projetos de bolsas e sinecuras, vive e incrementa a malandragem que enriquece os botequins, enquanto a molecada cheira isso e aquilo e vira mula do tráfico de drogas medonho, desumano e assassino, obviamente, não frequentando escolas apesar do salário educação e sob o agravante das péssimas condições dos prédios, pagamentos atrasados, depredações, roubos, furtos, desvios de merendas e de livros e cadernos, violência nos portões dominados pelos traficantes… Ora… Ora… Orar resolve, senhor?
Pois então, aí está, a nossa Cidade Imperial preocupadíssima com tudo isso, enfiada no pleito nacional, como matéria da mais alta relevância (será para o país?) uma indagação plebiscitária para saber da população se deseja a continuidade das “vitórias” ou troca os cavalos por faíscas elétricas?. Muitas interrogações !!!! Estupefação geral! Em que Brasil estamos?!
Então, tudo bem, fica assim por aqui. Se o eleitor entender que as “vitórias” devem continuar gastando ferraduras no casquejo das patas equinas pelo nosso Centro Histórico, aperte o nº 1; se quer a eliminação do serviço, pespegue o nº 2 na urna eletrônica. Assim, decidirá importante destino para Petrópolis, não valendo trocar tudo e mandar os números do plebiscito para os candidatos e, por fim, anular a encrenca toda.
Diz-se por ai que será a primeira eleição nacional onde os candidatos não serão todos da espécie humana, racionais, embora muitos equinos apresentem QIs superiores a muito postulante humano.
No dia acertado serei um daqueles que participarão do pleito e votando um em favor da tradição e do respeito que a cidade merece, certo de não tirar o emprego dos cavalos e assim impedindo que se transformem em carne-seca.