Somente um dos suplentes dos vereadores afastados pede para assumir vaga na CMP

O suplente de vereador Marcelo Lessa vai aguardar até esta quarta-feira (16) uma resposta da Câmara Municipal à petição em que pede para ser empossado vereador na vaga de Luiz de Azevedo Carvalho (Ronaldão/PR), afastado das suas funções legislativas por decisão judicial. Ele é o primeiro suplente da Coligação SD/ PR/PTdoB. O advogado de Lessa, Thiago Gibrail, disse que, caso a resposta seja negativa, vai entrar com mandado de segurança para garantir que seu cliente seja empossado como vereador.

Ronaldo Ramos (PSB), que pode assumir a vaga no lugar do vereador Luiz Antônio Pereira de Aguiar (Luizinho Sorriso/PSB), afastado também da Câmara, disse que vai aguardar a resposta do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) ao questionamento da Mesa Diretora, para saber quais as medidas que vai tomar. Ele é o terceiro suplente da coligação PSB/REDE e fica com a vaga, pois o primeiro suplente, Jorginho Banerge, deixou o PSB e o segundo, o ex-vereador Osvaldo do Vale (Vadinho), faleceu em 2017.

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Ramos esteve na tarde dessa terça-feira (15) na Câmara Municipal, quando buscou informações sobre as medidas que estão sendo tomadas e disse ter sido informado sobre o questionamento junto ao Tribunal. “Achei por bem esperar para saber que medidas podemos tomar”.

Jamil Sabrá (PDT) é o segundo suplente na coligação PP/PSC/PDT e, como o primeiro suplente, Pastor Sebastião da Silva, continua preso, ele assume a vaga no lugar do vereador afastado, Reinaldo Meirelles (PP).

O diretor de esportes do Instituto Municipal de Cultura e Esportes (IMCE), Hingo Hammes, é suplente na coligação PTB/PHS e poderá substituir o vereador afastado, Wanderley Taboada. Ele, ao contrário dos demais, exerce um cargo no executivo e, caso a Câmara o convoque para assumir a vaga, pode recusar, permanecendo no IMCE. Se isto vier a ocorrer, o suplente imediato é Marcelo Chitão, do PTB.

Os quatro vereadores – Ronaldão, Luizinho, Meirelles e Wanderley Taboada – foram afastados por decisão do Tribunal de Justiça do Rio e, no dia 11 de janeiro, foram alvo da Operação Sala Vip, quando o Ministério Público e a Polícia Civil da Delegacia Fazendária realizaram busca e apreensão na Câmara e em suas residências. Os quatro vereadores estão sendo acusados de participação num esquema de propina que ainda envolve o vereador Paulo Igor (MDB) e o ex-vereador Marcos Montanha.

A Operação Sala Vip é um desdobramento da Operação Caminho do Ouro, realizada em abril do ano passado, que teve como alvo os vereadores Paulo Igor e Luiz Eduardo (Dudu). Nesta operação, os policiais encontraram na casa de Paulo Igor cerca de R$ 155 mil, sendo que parte do dinheiro estava distribuída em pacotes com abreviaturas de nomes que receberiam o dinheiro, identificando que seriam os quatro vereadores. Um quinto nome continua sendo investigado, pois a polícia ainda tem dúvida de quem seriam as iniciais “Sil”.