Até agora, somente 17 escolas cumpriram os requisitos para a reabertura no próximo dia 03 de maio. Das escolas municipais, apenas o Liceu Municipal possui material de EPI para receber os alunos do 3º ano e profissionais que retornam nesta primeira etapa. A licitação para compra de material EPI e material de higienização foi marcada às vésperas da data de retorno das aulas e ainda não foi concluída.
O pregão marcado para o dia 26 de abril prevê a aquisição de materiais necessários para a garantia da segurança sanitária dos estudantes e profissionais das escolas e para as ações de promoção à saúde e prevenção à covid-19 no retorno as aulas das escolas públicas de Petrópolis.
No edital está prevista a compra de:
- fita para demarcação do solo para o distanciamento social,
- termômetro,
- recipientes para álcool em gel,
- álcool em gel,
- sabonetes,
- tapetes higienizantes,
- protetor facial,
- luvas,
- sapatilhas descartáveis,
- avental impermeável,
- papel toalha.
Tudo isso no valor máximo de R$ 389 mil. No entanto, embora seja o principal utensílio de prevenção à covid-19, a compra de máscaras descartáveis não foi contemplada neste edital. Alunos e profissionais terão que levar de casa número de máscaras suficiente para a troca durante os turnos.
Das escolas da rede pública, de acordo com decreto municipal nº 90/2021, o Liceu Municipal Cordolino Ambrósio será o primeiro a reabrir para o ensino híbrido. A Prefeitura afirma que a unidade vai funcionar em conformidade com os protocolos sanitários de EPIs necessários. E garante que as demais unidades de ensino municipais também seguirão os protocolos e terão EPIs no momento da reabertura, o que acontecerá conforme o plano de retorno.
Selo Escola Segura
Para reabrir, as escolas devem ter o Selo Escola Segura. Esse é um certificado, concedido por uma comissão que vistoria as unidades, comprovando que possuem todos os requisitos de segurança necessários para receber alunos e profissionais para as atividades presenciais. A necessidade deste selo foi criada por meio do decreto nº 12/2021 publicado no Diário Oficial do dia 29 de janeiro, quando o prefeito interino Hingo Hammes estabeleceu as condições gerais para a retomada das aulas.
Mas a comissão formada para visitar as escolas só foi criada dois meses depois, em abril. Nestas poucas semanas, o grupo visitou 26 escolas, sendo apenas 17 certificadas para a reabertura. Embora tenha sido autorizado, a maioria das escolas não tem base para reabrir.
A Prefeitura afirma que autorizou a retomada gradual das aulas, no modelo híbrido (com aulas presenciais e online), a partir do dia 3 de maio. Mas frisa que o retorno é opcional, ou seja, os pais e/ou responsáveis que preferirem manter os alunos com ensino na modalidade online, como acontece hoje, têm este direito garantido.
E embora a retomada das aulas da rede privada não siga nenhum protocolo sanitário ou pedagógico, a Prefeitura afirma que o da rede municipal segue rigorosamente o cronograma previsto no Plano de retorno. A Tribuna questionou o prefeito interino Hingo Hammes sobre quais são os critérios epidemiológicos que foram usados como base para a autorização, mas não obtivemos resposta.