Em apenas 20 dias, o número de internações por covid em Petrópolis somando as redes pública e particular, considerando os leitos clínicos e de UTI, saltou de um caso para 58 pacientes. No dia 02 de janeiro, a prefeitura divulgou boletim com apenas uma internação e em leito clínico na rede pública. As internações em UTIs estavam zeradas pelo SUS e também nos hospitais particulares. Já o último informativo, ontem, trouxe um número preocupante de 58 internados. É um aumento de 5.700% em pouco mais de duas semanas.
As festas de final de ano e menor preocupação com medidas preventivas como uso de máscaras e distanciamento e a maior circulação da variante ômicron ocasionam a alta de casos e internações em todo o país, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Pelo SUS, em Petrópolis, 19 dos 53 leitos de UTI estavam ocupados ontem, última edição do boletim emitido pela prefeitura. A taxa de ocupação, neste caso, é de 35,85% dos leitos disponíveis. Mas o número de pacientes é maior, um total de 25 em leitos de UTI somando as seis internações na rede privada de hospitais.
O maior número de internações, no entanto, é em leitos clínicos. São 23 leitos públicos ocupados, que representam 69,53% do total de 38 leitos disponíveis no SUS. A quantidade de internados somando a rede particular, com 10 pacientes em leitos clínicos, chega a 33 pessoas.
Aumento de casos em todo o país
Os primeiros quinze dias do ano registraram um aumento significativo no número de casos de covid-19 no Brasil, segundo novo Boletim do Observatório Covid 19 da Fiocruz. De acordo com o levantamento, foram, em média, 49 mil novos registros por dia. Esse número equivale a seis vezes o observado no início de dezembro do ano passado, cerca de oito mil. O aumento de mortes, porém, não acompanhou o crescimento dos casos e permaneceu reduzido.
A ocupação dos leitos de UTI para covid-19 também aumentou nas últimas semanas. Cinco Unidades da Federação ingressaram na zona de alerta intermediário de ocupação (com taxas iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%). Somaram-se às outras seis que já se encontravam nessa faixa. Outros quatro Estados estão na zona de alerta crítico, com ocupação superior a 80%. São eles: Pernambuco (86%), Espírito Santo (80%), Mato Grosso (84%) e Goiás (81%).
Entre as capitais com taxas divulgadas, Fortaleza (85%), Recife (80%), Belo Horizonte (88%), Rio de Janeiro (95%) e Cuiabá (100%) estão na zona de alerta crítico.