• Sistema de Ocorrências Virtuais será expandido para todo o estado a partir de agosto

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  • 21/07/2020 10:55

    Implantado há um ano em caráter experimental na região da Ilha do Governador, o Sistema de Ocorrências Virtuais (SOVI) começará a ser estendido para todo território estadual a partir da primeira quinzena de agosto. Resultado de uma parceria entre as secretarias de Estado de Polícia Militar e Polícia Civil, o SOVI tem como objetivo agilizar o registro de ocorrências de crimes de menor potencial ofensivo, que representam em média 85% dos casos.

    Com um smartphone, os policiais militares estarão em condições de digitar as informações básicas da ocorrência e transmiti-las para a delegacia da Polícia Civil da área. Entrando no sistema compartilhado, o delegado formalizará a ocorrência e dará início aos procedimentos legais, como, por exemplo, convocar as partes para prestar depoimentos.

    “Dando escala a esse sistema, os nossos policiais estarão em condições de dar encaminhamento à ocorrência sem necessidade de ir à delegacia da área para esperar efetuar o registro,  poupando o tempo e o custo do deslocamento”, explica o secretário de Polícia Militar, comandante-geral Rogério Figueredo de Lacerda. A presença dos policiais militares na delegacia só acontecerá em situações de crimes mais graves, como homicídios, por exemplo.

    O coronel Figueredo ressalta que todos serão beneficiados. Os policiais militares ganharão tempo e poderão retornar mais rapidamente para cumprir sua missão principal, que é o patrulhamento das ruas. Os policiais civis já receberão as informações básicas digitadas, passando a ter mais tempo para investigar crimes e exercer as demais atribuições da polícia judiciária. E o cidadão não precisará se deslocar para a delegacia para efetuar o registro e esperar horas para obter uma cópia, pois o documento será enviado por meio eletrônico.

    “Todos esses benefícios foram confirmados na região da Ilha do Governador e meses depois em Angra dos Reis, onde o SOVI foi implantado também. Não tenho dúvidas de que, dando escala a esse projeto, a sociedade terá um ganho muito grande na área de segurança pública”, afirma o secretário.

    Ele explica que, além da expertise desenvolvida pelas polícias Militar e Civil durante a fase experimental na Ilha e em Angra, o projeto mostrou-se ainda mais viável com a substituição do tablet, utilizado no projeto-piloto, pelo smartphone. “O serviço funciona graças a um aplicativo no celular pessoal dos agentes da atividade-fim, que estão nas ruas, com recursos de voz, texto, inserção de imagens e geolocalização”, observa Figueredo.

    Além de passar a ter acesso aos registros compartilhados com a Polícia Civil, a aplicação do SOVI em escala proporcionará  à Polícia Militar a integração de outros dois bancos de dados para tornar mais eficiente sua missão: as informações do serviço do 190 e do Disque-Denúncia serão unificadas para consulta.

    “Reunir esses bancos de dados faz com que eles sejam mais úteis no processo decisório de cada batalhão, permitindo o entendimento do cenário para otimizar os recursos e alcançar o melhor resultado operacional. Há uma riqueza enorme de dados nas ligações do 190. Os moradores são essenciais dentro do processo”, acrescenta.

    A expansão do SOVI oferece concretamente novas possibilidades tecnológicas para melhorar a performance  na área de segurança pública. Em breve, o policial militar poderá fazer, pelo próprio smartphone, o reconhecimento facial do cidadão abordado e consultar se há mandados de prisão contra ele. Outro desafio é aperfeiçoar o sistema integrado de câmeras de monitoramento de todo o estado, montando um verdadeiro cerco eletrônico.

    “Teremos condições de permitir, por exemplo, que um policial na Linha Amarela receba a informação de um carro roubado e consiga, pela placa, saber em que direção o veículo seguiu”, finaliza o coronel.

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