• Sindicato prevê problemas trabalhistas e ‘recomenda’ que jogadores não atuem no Egito

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  • 08/06/2023 10:23
    Por Estadão

    Keno deixou o Palmeiras em 2018 para defender as cores do Pyramids, do Egito, por “proposta irrecusável”. Hoje ele atua no Fluminense, mas muitos jogadores seguem escolhendo atuar em mercados alternativos por causa de ofertas sedutoras. A FIFPRO (Federação Internacional de Associações de Jogadores Profissionais), sindicato que defende os atletas pelo planeta, soltou uma nota recomendando que os estrangeiros evitem jogar no Egito sob risco de necessitarem de ações trabalhistas para receber seus direitos.

    “Nos últimos tempos, a FIFPRO viu um aumento nos conflitos trabalhistas no Egito, relacionados tanto ao não pagamento de salários quanto a comportamentos abusivos, como confisco de passaportes, falsificação e chantagem”, afirmou a entidade, que recomendou que os jogadores busquem outros mercados. “A FIFPRO adverte, portanto, os jogadores que uma mudança para o Egito tem grandes chances de resultar em processos judiciais.”

    A entidade ainda listou sete pontos para os jogadores que optarem por trocar seus países pelo Egito como forma de recomendação de cuidados. A principal é que não entreguem seus passaportes.

    “Não entregue seu passaporte a um funcionário do clube. Se um clube disser que precisa do seu passaporte para obter uma autorização de residência ou trabalho, forneça uma fotocópia do seu passaporte ou insista para que você compareça para essas formalidades. A FIFPRO tratou de várias questões em que a devolução do passaporte estava condicionada à assinatura de um acordo de rescisão por parte do jogador”, frisou.

    Ainda pediu que os jogadores “não assinem um contrato em branco, não importa o que um clube lhe diga.” Na visão da FIFPRO, essa artimanha auxilia as equipes a preencherem os vínculos com valores, datas e duração diferentes.

    “Mantenha uma versão original assinada do contrato. Não caia na armadilha do clube afirmando que todas as cópias devem ser aprovadas pela FA. Guarde sempre uma versão contendo as suas assinaturas e as do clube”, afirmou, pedindo atenção na moeda que estará no documento.

    Também recomendou que os atletas “sejam extremamente cautelosos ao lidar com agentes e o clube”, prevendo que tais pessoas não vão agir pelo interesse do jogador. Disse, ainda, que os órgãos de decisão esportiva no Egito “não cumprem os requisitos básicos de imparcialidade e independência e não garantem procedimentos justos.”

    Por fim, alertou: “Esteja ciente de que nem todos os clubes no Egito têm sua própria conta FIFA TMS e, portanto, um clube pode solicitar o Certificado de Transferência Internacional por meio de outro clube. Se você for solicitado a participar desse processo, que normalmente envolve a assinatura de um contrato adicional, certifique-se de documentar isso para poder provar o que aconteceu.”

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