• Sindicato dos Trabalhadores dos Correios denuncia abandono da agência na Rua do Imperador: “símbolo do descaso”

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  • 07/07/2023 09:38
    Por Enzo Gabriel

    O Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintect-RJ) denunciou o abandono da agência dos Correios na Rua do Imperador, no Centro, afirmando que a agência é o “símbolo do descaso” da instituição. A unidade, construída em 1922, foi tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) em 1998.

    Lateral do prédio dos Correios.
    Foto: Enzo Gabriel/Tribuna de Petrópolis

    De acordo com a denúncia do Sintect, o prédio abriga uma das mais antigas unidades dos Correios no Brasil, mas está completamente pichado e sujo. Marcos Sant’Aguida, presidente do sindicato, fala sobre a situação: “É assim que as pessoas estão julgando uma das empresas mais respeitadas do país, olhando para este prédio histórico em franco estado de abandono. O Sintect-RJ vai lutar para garantir que este sucateamento não continue”.

    Lêonidas da Silva, diretor do sindicato e responsável pelas ações na Região Serrana, afirma que a unidade sempre foi motivo de muita luta na cobrança por reformas: “Há alguns anos, temos lutado por mais contratações e já pedimos, em ofício, a realização de obras de restauração no prédio, mas infelizmente não obtivemos respostas. Agora, estamos avançando para que a restauração aconteça, principalmente pelo fato do Governo não querer mais vender o imóvel. Vamos partir para a luta pela reforma e pela contratação de mais funcionários para que haja uma melhora no serviço prestado à população petropolitana, que merece ter um atendimento de qualidade”.

    Sobre o histórico imóvel

    A venda do imóvel histórico chegou a ser anunciada, porém sem edital ter sido publicado, com valor de venda estimado em R$ 4,5 milhões. O prédio foi construído especialmente para ser a sede dos Correios. O serviço, no entanto, já funcionava em Petrópolis desde 1848, por determinação de Dom Pedro II, um dos mais antigos do país, mas ganhou uma sede já no governo de Epitácio Pessoa. Os 90 anos do prédio foram comemorados com uma exposição e um baile de gala. Ano passado, a data de seu centenário, passou em branco. A construção segue se deteriorando, sem manutenção.

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