• Símbolos de desprendimento

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  • 11/05/2018 08:50

    Mães, símbolos de amor e desprendimento. Almas que se desdobram a alinhar razões, trajetórias cármicas, sentimentos e vontades. 

    Sim, as Mães, estas criaturas que se distendem em amor, a desenvolver processos de doação, amparo e educação, são almas que se propõem a se alinhar nas fileiras das descobertas mais íntimas, extraindo do seu ser o possível e o impossível a crianças e adultos que se unem por tarefas, provas ou ressarcimentos. 

    Mães, lembradas e acarinhadas nos dias de felicidade e fartura, porém, muitas vezes, esquecidas nas lembranças de momentos de imposição e disciplina, quando se tornam educadoras e orientadoras, exigindo das almas atitudes que não desejam distender. 

    Mães, cúmplices e amigas, tarefeiras e organizadoras de vidas. Companheiras naturais de filhos e filhas, na verdade, almas que, muitas vezes, no pretérito, seguiram juntas em laços matrimoniais e que, hoje, se alinham em busca de um amor mais puro e seleto.

    Mães, firmes atuações e amorosas condições em vivências. Filhas, avós, tias, mestras, madrastas, não importa a parentela ou a consanguinidade, mas, sim, o papel que desempenham, a lida que distendem. 

    Mães, organizadoras de lares, frutos benditos que nos amparam nos instantes difíceis e se aliam a nós nas fertilidades de nosso viver. Símbolos de desprendimento, quando a necessidade envolve o objeto de sua tutela, beleza em doação, quando o excesso ou o necessário se torna o ideal do seu afeto. Abastecer este símbolo é nosso dever, é obrigação a quem nos trouxe uma nova oportunidade de crescimento e liberdade; abastecer este ser é saber que sem ele não estaríamos olhando sua face ou aconchegando-nos em seu seio; abastecer estas almas é preencher a nós mesmos que, possivelmente, talvez, sozinhos, custássemos a cortar o cordão umbilical que nos une; abastecer o símbolo de proteção, amor e coragem vai fazer vigorar a lei de amor universal que se inicia nestes desprendimentos, pois cada Espírito, quando se propõe a voltar em corpos femininos, já se permite um maior desprendimento, a se desdobrar em corpo e idealismos a favor de alguém que irá proteger, amar e cuidar. 

    Olhemos este símbolo com mais carinho e consideração; olhemos a face querida que nos ama e nos perdoa sempre, e agradeçamos por nos ter acolhido e amparado, pois, certamente, até o final de sua vida, nos abraçará e aceitará, por pior que nos portemos. Não precisará existir um só dia para homenageá-las, não. O agradecimento, a atenção e o carinho devem ser diários, pois diários são seu sacrifício, abnegação e cuidados. Amemos este ser, não por ser só nossa mãe nesta vida, mas amemos o Espírito que se propôs a nos acolher e nos manter em vida íntegra até que nós mesmos pudéssemos ter a razão e as coordenações próprias a nos mantermos. Amemos estas almas pelo companheirismo e desprendimento, pela alforria que nos distendem quando, mesmo tristes e distantes, entendem que somos filhos, mas também Espíritos, e que se nos amam, verdadeiramente, querem nossa liberdade e felicidade.

    Perguntaria, então: – Será que, nós, filhos de hoje, estaríamos a altura de realizar o mesmo papel com tanto amor, doação e desprendimento? Faríamos por nós o que ela fez ou faz até hoje? Ou teríamos limites em atitudes, como temos as limitações em relação a ela? 

    Olhemos bem dentro de nós e ousemos perguntar-nos: – Somos bons filhos? Atendemos as necessidades de alguém que nos atendeu, quando nos amamentava e cuidava? 

    O melhor presente que podemos dar à nossa Mãe será o cuidado, a atenção e o carinho, não só no Dia das Mães, mas a todos os instantes do nosso viver, demonstrando com isto nosso agradecimento por tão desprendida tutela. 

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