• Sidônio Palmeira, novo Secom: fim da checagem de fatos da Meta é ruim para a democracia

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  • 08/jan 13:56
    Por Caio Spechoto e Sofia Aguiar / Estadão

    O próximo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Sidônio Palmeira, disse nesta quarta-feira, 8, que a decisão da Meta – dona do Facebook, do Instagram e do Whatsapp – de encerrar a checagem de fatos em suas plataformas nos Estados Unidos é ruim para a democracia. Ele deu a declaração a jornalistas depois de ato no Palácio do Planalto alusivo aos dois anos dos ataques às sedes dos Poderes de 8 de janeiro de 2023.

    “Isso é ruim para a democracia. Porque você não faz o controle da proliferação do ódio, da desinformação, das fake news. Esse é o problema, precisa ter um controle. É preciso ter uma regulamentação das redes sociais. Isso está acontecendo na Europa, nos países aqui”, declarou o próximo Secom.

    Ele disse que o Brasil é “um país autônomo e independente” e pode ter suas próprias regras sobre o tema.

    A mudança na política da Meta foi anunciada pelo fundador da empresa, o americano Mark Zuckerberg, na terça-feira, 7. O movimento é uma forma de agradar a Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos que assumirá o comando do país em 20 de janeiro. Trump e forças de direita costumam classificar como censura medidas de moderação ou checagem de fatos de redes sociais.

    A troca no comando da Secom foi anunciada também na última terça, mas a posse do novo ministro deverá ser só na próxima terça-feira, 14.

    Sidônio Palmeira é publicitário e foi o responsável pela campanha eleitoral vitoriosa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022. Ele sucederá ao petista Paulo Pimenta na pasta. A troca era esperada desde o começo de dezembro, quando Lula fez críticas públicas à comunicação do governo federal.

    O presidente da República avalia que seu governo tem um grande número de obras e bons programas sociais, mas que a equipe atual de comunicação não está sendo capaz de traduzir esses resultados em popularidade. O petista visa às eleições de 2026, quando tentará a reeleição ou apoiará um candidato.

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