• Setor público tem déficit primário de R$ 21,348 bilhões em julho, afirma BC

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  • 30/ago 09:00
    Por Cícero Cotrim / Estadão

    O setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) teve déficit primário de R$ 21,348 bilhões em julho, após déficit de R$ 40,873 bilhões em junho, informou o Banco Central nesta sexta-feira, 30.

    O resultado negativo foi maior que o piso das expectativas, de saldo negativo em R$ 13,80 bilhões, com mediana de déficit primário de R$ 6,70 bilhões e teto com superávit de R$ 6,10 bilhões, conforme levantamento feito pelo Projeções Broadcast.

    O resultado primário reflete a diferença entre as receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública. O déficit de julho foi o maior para o mês desde julho de 2023, quando houve um rombo de R$ 35,809 bilhões.

    Devido à greve de servidores, o Tesouro Nacional ainda não divulgou o resultado primário do governo central de julho, que usualmente é publicado antes das estatísticas fiscais do setor público. Os números só devem ser conhecidos na semana que vem.

    O resultado do setor público foi composto por um déficit primário de R$ 8,618 bilhões do governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS); déficit primário de R$ 11,038 bilhões nos Estados e municípios; e déficit de R$ 1,692 bilhão das empresas estatais. Isoladamente, os Estados tiveram déficit de R$ 6,303 bilhões e os municípios, déficit de R$ 4,735 bilhões.

    Acumulado

    As contas do setor público consolidado acumularam um déficit primário de R$ 64,797 bilhões de janeiro a julho de 2024, o equivalente a 0,98% do Produto Interno Bruto (PIB), informou o Banco Central. Em 2023, o resultado do período foi negativo em R$ 56,179 bilhões.

    O déficit fiscal no ano até julho é composto por um saldo negativo de R$ 79,258 bilhões nas contas do governo central (1,20% do PIB), superávit de R$ 22,142 bilhões nos Estados e municípios (0,34% do PIB) e déficit de R$ 7,681 bilhões nas empresas estatais (0,12% do PIB).

    Isoladamente, os Estados têm superávit de R$ 29,434 bilhões no acumulado do ano e os municípios, saldo negativo de R$ 7,291 bilhões.

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