• Setembro Vermelho: aprenda a identificar problemas cardíacos no seu pet

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  • Dia Mundial do Coração é celebrado hoje (29)

    29/09/2022 08:00
    Por Redação/ Tribuna de Petrópolis

    O ‘Setembro Vermelho’ visa conscientizar e alertar sobre as doenças cardíacas não só em humanos, como também em animais de estimação. O propósito ganha mais destaque hoje (29), quando é celebrado o Dia Mundial do Coração. As campanhas do período têm como objetivo incentivar o diagnóstico precoce, já que as patologias cardíacas apresentam evolução progressiva, com estágios iniciais silenciosos, sendo que, em estágios avançados, o paciente pode dar entrada em atendimento de emergência, correndo risco de vir a óbito.

    De acordo com a médica veterinária Camila Gonçalves, que atende na Clínica Amigo Bicho, as doenças mais comuns da cardiologia veterinária são as que estão relacionadas ao funcionamento das valvas do coração, observadas principalmente em animais de pequeno porte. Em cães de grande porte, as cardiomiopatias dilatadas são as mais frequentes. Além disso, as arritmias e alterações cardíacas secundárias à hipertensão pulmonar também são comuns.

    “Nos gatos, é possível citar com maior prevalência a cardiomiopatia hipertrófica, relacionada à musculatura do coração. O que chama mais atenção nessa alteração é que pode levar ao desenvolvimento de trombo, gerando o agravamento do quadro e, em alguns casos, a morte súbita”, explica.

    Quanto à idade, a médica veterinária alerta que o momento ideal para uma avaliação com um cardiologista é a partir dos sete ou oito anos, principalmente nos preparativos para procedimentos cirúrgicos. Ela ainda ressalta que em raças de cães com predisposição, como lhasa apso, shih-tzu, maltês, poodle, dachshund, teckel, doberman e boxer, além de gatos, como maine coon e ragdoll, dentre outros, este acompanhamento deve ser iniciado precocemente, em torno de quatro ou cinco anos de idade.

    “Em casa, é possível perceber que estes animais estão mais intolerantes ao exercício, não brincam como antes e apresentam respiração mais cansada. Em momentos de agitação, a tosse pode estar presente e pode ser confundida com engasgo.”, esclarece Camila.

    “É preciso ficar atento às dificuldades respiratórias, mucosas cianóticas (mais arroxeadas), que requerem suporte de oxigênio e podem causar desmaios repentinos e risco de morte súbita”, ressalta.

    Por isso, é importante levar o pet regular e preventivamente ao clínico veterinário para fazer ausculta cardíaca, avaliação de pulso e pressão arterial, a fim de detectar sinais de alteração cardíaca. Caso um ou mais destes sinais estejam presentes, é necessário encaminhá-lo para um especialista para que sejam realizados exames complementares, como eletrocardiograma, ecocardiograma e raio-X de tórax. Assim é possível proporcionar maior longevidade e oferecer um tratamento mais efetivo para a doença.

    O tratamento varia de acordo com cada paciente, grau da doença e quadro clínico apresentado. Na maioria dos casos, não há cura para os pacientes cardiopatas e o tratamento visa reduzir a piora do quadro, prolongar e melhorar a qualidade de vida.

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