Servidores da Prefeitura denunciam mais problemas com consignados
Servidores da Prefeitura que têm contas no Santander também estão passando por dificuldades na hora de renovar os empréstimos consignados. O dinheiro está sendo descontado do salário do trabalhador, mas não está sendo usado para o pagamento dos empréstimos com o banco. Em nota, a Prefeitura informou que débitos serão normalizados com a entrada de novos recursos, mas não disse quando isso vai acontecer.
“Estou há duas semanas tentando com o banco renovar meu empréstimo, mas a resposta que tenho é sempre a mesma: a Prefeitura não pagou a dívida, não podemos renovar seu consignado. O pior é que ligo para a Prefeitura e me informam que tudo está em dia, que não há problema algum. É um jogo de empurra”, lamentou uma servidora da Secretaria de Educação, que não preferiu ter seu nome preservado.
A servidora informou que não está recebendo cartas de cobranças e nem telefonemas do banco, mas lamenta não poder renovar o empréstimo. “Estou precisando do dinheiro e estou sendo impedida por uma dívida que não é minha, porque as parcelas estão sendo descontadas do meu salário”, ressaltou a funcionária pública. A Tribuna não conseguiu contato com a assessoria de imprensa do Santander.
No início do mês, a Tribuna publicou uma denúncia de servidores que têm conta salário na Caixa Econômica Federal (CEF) e estariam recendo cobranças pelas falta de pagamento dos empréstimos consignados por parte da Prefeitura. Na época, a dívida chegava a R$ 2,4 milhões das folhas da administração direta, da Comdep, da CPTrans, do Inpas e da Secretaria de Saúde.
A Tribuna questionou a Prefeitura sobre essa dívida com a CEF e se os valores já foram depositados, mas a assessoria de imprensa não respondeu a pergunta. No texto, o Município se defendeu, dizendo que “mesmo com a queda abrupta de mais 40% na arrecadação, consequência da crise provocada pela covid-19, consegue manter, sem nenhum atraso, a folha de pagamento e todos os serviços essenciais”.
Também no início do mês, a Prefeitura anunciou que usaria o dinheiro repassado pelo governo federal para o enfrentamento ao Covid-19 – cerca de R$ 7 milhões referente a primeira parcela dos recursos – para o pagamento dos empréstimos consignados das folhas de pagamento dos servidores da Educação e Saúde.