Servidores da Educação reivindicam promessa do governo municipal
Servidores da educação fizeram uma manifestação na tarde de ontem (31) reivindicando a promessa do governo municipal de reduzir a carga horária de 40 para 30 horas semanais, e a inclusão de 1/3 da carga horária para planejamento docente. Além disso, eles solicitam também reajustes salariais em valor real, com inclusão do dissídio. Centenas de educadores, secretários, diretores, cozinheiros, auxiliares de limpeza e de administração ocuparam a Câmara Municipal e a sede da Secretaria de Educação.
O movimento começou às 12h30, quando os professores e servidores cruzaram os braços e se juntaram nas calçadas do Palácio Amarelo, sede do legislativo municipal. Na expectativa da chegada dos vereadores, os manifestantes tomaram o plenário, o saguão principal e toda a frente da Câmara. Ao mesmo tempo, um outro grupo entrou na Casa Frei Memória, sede da Educação municipal.
Sônia Regina, servidora, destacou a importância da participação da classe num momento como esse. “Tudo na vida só se conquista com reflexão, luta e cobrança. Então primeiro a gente pensa, reflete sobre as medidas, depois lutamos por elas, e em terceiro lugar cobramos para que sejam colocadas em práticas. Nós já reivindicamos, lutamos muito e agora estamos aqui cobrando uma promessa de campanha do prefeito Bernardo Rossi”, contou.
A redução da carga horária foi prometida pelo prefeito, que chegou a assinar um decreto, mas o Ministério Público Estadual considerou a medida irregular, alegando que a implantação deveria passar por análise e votação na Câmara. O projeto foi para a Câmara, onde tramitou durante quase 60 dias, e retornou à Prefeitura para correção e análise.
Depois de ocupar a Praça Visconde de Mauá, entre o Legislativo e a Educação Municipal, os servidores foram até a Prefeitura, onde permaneceram até o início da noite aguardando uma posição do prefeito. No entanto, ele não compareceu e o movimento foi desmobilizado temporariamente.
Para o vereador Leandro Azevedo, a palavra agora está com o poder Executivo. “Considero essa manifestação justa. O executivo precisa dar uma resposta para esses profissionais, não só sobre as 30 horas como também sobre outras demandas importantes como a redução em 1/3 da jornada para preparar as aulas e também revisar o Plano de Cargos Carreiras e Salários. É preciso também rever a situação das diretoras que tem apenas uma matrícula, e o reajuste de 6,2% que deveria ter sido concedido a todos eles no início do ano”, completou.
O próximo passo agora é uma ação no dia 7 de Setembro, durante o desfile cívico do Centro. “Deixamos o nosso recado na Prefeitura. Conversamos com um administrador e já informamos. Eles têm até o dia 11 para resolver essa situação. E no dia 7 vamos nos mobilizar com o bloco da cobrança, nas ruas, reivindicando os nossos direitos”, contou Rose Silveira, presidente do Sepe de Petrópolis.
Uma assembleia foi marcada para o dia 11, no Sindicato dos Metalúrgicos de Petrópolis, para definir o rumo dos movimentos. Até lá o funcionamento das escolas deve seguir normal, sem interrupção.
A Tribuna questionou a Prefeitura sobre a viabilidade da implementação da carga horária de 30 horas semanais a esses servidores, e seu custo final no bolso do contribuinte. O governo disse apenas que "o Secretário de Educação Anderson Juliano conversou com a categoria e explicou que o governo está atento às necessidades da classe e espera que o projeto de redução da carga horária dos servidores seja aprovado pela Câmara Municipal", por meio de nota.