• Sérgio Cabral é punido após ser flagrado com dinheiro em cela de presídio

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  • 09/10/2018 14:35

    O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (MDB), ficará 10 dias sem receber visitas e sem poder assistir televisão em sua cela. A punição foi aplicada após uma vistoria nesta terça (9), na qual ele e outro detendo foram flagrados com uma quantidade de dinheiro acima do permitido.

    Leia também: Cabral é condenado em mais um processo. Pena já chega a 169 anos de prisão

    Atualmente, Cabral cumpre pena no presídio Pedrolino Werling de Oliveira,  no Rio. A unidade integra o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu.

    A vistoria foi realizada pela corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), em ação conjunta com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

    A Seap informou em nota que essa é "uma nova prática de fiscalização que passará a ser rotina nas unidades prisionais do estado". O órgão também afirmou que o caso será avaliado por uma Comissão Técnica de Classificação (CTC).

    O valor encontrado com Cabral não foi revelado. O montante máximo que os detentos podem guardar na cela é equivalente a 10% do salário mínimo, ou seja, R$ 95,40. Esse dinheiro pode ser usado na cantina do presídio.

    Do Rio para Curitiba

    Entre janeiro e abril desse ano, Cabral chegou a passar três meses em uma unidade prisional de Curitiba. Seu deslocamento para a capital do Paraná ocorreu por um pedido do Ministério Público Federal (MPF), atendido pelo juiz federal Sérgio Moro. O motivo foi o tratamento diferenciado e as regalias que o ex-governador obteve na unidade em que estava até então: a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na região central do Rio de Janeiro.

    Cabral está preso desde novembro de 2016. Investigações que se desdobraram da Operação Lava-Jato o apontaram como líder de diversos esquemas de corrupção no período em que foi governador do Rio de Janeiro.

    Ao todo, o MPF moveu 26 ações penais contra ele e oito delas já resultaram em condenações de primeira instância. Uma dessas sentenças também já foi confirmada em segunda instância. Suas penas somam até o momento mais de 183 anos de prisão.

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