• Ser ou não ser – eis a questão

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 10/05/2018 12:00

    No último dia 27, sexta-feira, participamos da reunião, muito oportuna, promovida pelo sr. Philippe Guédon, na Câmara de Vereadores, sob o tema de “candidatura independente”. Um assunto polêmico mas necessário, mesmo com as reservas inerentes à questão. E os poucos que tiveram oportunidade de se manifestar, praticamente deixaram as opiniões divididas. Mas o sr. Guédon prometeu um novo debate que, esperamos, seja em breve.

    Sei que é um assunto por demais complexo, principalmente, para as legendas partidárias, mas externei minha opinião em poucas palavras, partindo do princípio que qualquer candidato ao executivo tem que angariar apoio do maior número de partidos e, consequentemente, ficar amarrado aos grilhões de tais compromissos – como o atual presidente Temer e como sempre se submeteram os demais – haja vista o recente caso da nomeação ao Ministério do Trabalho. Em paralelo, um candidato independente – sem apoio de qualquer partido – saindo vencedor, será muito mais fortalecido para não capitular às exigências dos grupos que pretendam dar apoio ao poder e, consequentemente, com todos os trunfos nas mãos, poderá impor exigências aos partidos e não ficar-lhes submisso – o que, obviamente, contraria a pretensão dos diversos segmentos. E este meu ponto de vista é apoiado em dois fatos: primeiro – o antigo empresário Antonio Ermírio de Moraes desistiu de sua candidatura, em SP, por ter que ceder à muitas exigências de sua sigla, tornando-se, portanto, um prisioneiro de tais concessões. Segundo: em recente entrevista com a pré-candidata do PC do B, Manuela D´Ávila, quando ela explanou seus projetos, alguém questionou onde ficaria a ética e sua resposta foi taxativa: “Nós não nos preocupamos com a ética” – uma resposta obvia, como já demonstrou quase a totalidade dos partidos.

    Mas, misturam alhos com bugalhos com argumentos de inconstitucionalidade, por ser antidemocrático e muitos outros senões quando as análises devem, primeiro, pesar a sua importância ou não, e, depois, os demais detalhes que só valem ser discutidos após a aprovação do caso – aí sim, diante de diálogos democráticos, traz-se  e debate-se sua funcionalidade.

    Mas ao sr. Guedon, se permitir, faço uma sugestão – que no próximo encontro se faça de mediador para limitar o tempo do pronunciamento de cada um.

    Quanto à nossa Constituição – esta madrasta de todos os males e vícios – não existe mais, se, há muito, tornou-se uma colcha de retalhos, desbotada e toda manchada, onde cada lavagem a traz à  tona mais frágil, debochada e tripudiada pelos que teriam a obrigação de respeitá-la e honrá-la, mais do que ninguém, igualzinho à nossa “suposta” e capenga democracia, se não se tem a liberdade de tecer críticas.

    jronbertogullinogmail.com

    Últimas