Ser criança
Quanta satisfação e alegria nos proporcionam as crianças.
Não só aquelas que integram a nossa família, mas, também, pequeninos com quem convivemos, amigos de nossos netos.
Realmente, o nascimento de um filho é a maior dádiva de Deus que o casal pode almejar.
Os avós, por sua vez, agradecidos por receber tão grandes benesses, como os netos.
Felizes daqueles que os têm e conseguem auxiliá-los em diversas situações de suas vidas.
É voz corrente que os pais educam e os avós, para não dizer que deseducam, “fazem, apenas, todas as vontades dos pimpolhos”.
Não há como ser diferente até porque, os avós, geralmente, com idades mais avançadas, têm os corações mais “moles” e vêem os netos, simplesmente, como filhos, também.
Aos domingos, para nós, a festa é completa porquanto recebemos os filhos e os netos cujas idades variam de cinco a vinte e um anos.
E, justamente, em razão dessa tão agradável confraternização semanal, os mais velhos se esquecem até que já cursam a faculdade e passam a brincar, abraçar e fazer galhofas com os mais moços que, no fundo, apreciam as brincadeiras, e com elas vibram, especialmente um dos mais moços, muito espirituoso e engraçado, aliás, que teve a quem “puxar”.
Nós, os mais velhos, juntamente com os filhos, a apreciar momentos tão inesquecíveis, que acabam por ser retratados pelos jovens por intermédio de fotos tiradas de seus celulares os quais, infelizmente, nunca são esquecidos, sempre a acompanhar a garotada, em detrimento das “broncas” dos avós e dos pais, em razão da má utilização dos mesmos, em certos momentos, inclusive durante a refeição.
Chegada a noite, cada qual segue acompanhando os pais de volta à casa e nós, avós, nos sentimos sozinhos e de certa forma, saudosos, esperando, com grande expectativa, que o próximo domingo chegue depressa.
E, por tudo isso, lembro do poeta, mais uma vez, quando escreveu:
“Torna-me, ao peito a ventura, / e até me volta a esperança, / sempre que vejo a doçura
nos olhos de uma criança”.