• Senador Reguffe, sem partido/DF

  • 19/02/2019 12:05

    Quando a gente pensa que não dá mais, pois não é que acontecem fatos que nos forçam a repor nas costas a mochila e retomar a caminhada?

    Dom Hélder Câmara nos ensina, num de seus mini poemas: “Não, não pares. / É graça divina / começar bem. / Graça maior, / persistir na caminhada certa, / manter o ritmo… / Mas a graça das graças / é não desistir. / Podendo ou não podendo, / caindo, embora, aos pedaços, / chegar até o fim”.

    Assim assistimos ao evento do IPGPar na noite de 31 de março, convidando os petropolitanos a saírem de seus cuidados e assumirem as rédeas de seu futuro através da elaboração do Plano Estratégico 2021/2040. Sonho? Não. Simplesmente nos  tornarmos adultos e dispensamos a tutela dos  partidos,  incapazes – salvo poucas exceções – de distinguir cidade de Município ou de colocar o Povo acima dos interesses de suas castas. Que este ano de 2019 seja aproveitado por milhares de pessoas que aqui vivem para dizer onde querem ir como desejam lá chegar. Será o Povo a dizer aos administradores o que deles espera, em vez do contrário que vêm nos impondo, por usurpação já denunciada. A Primavera torna a florescer, só não a sente quem não quer.

    Além desta onda que percorre Petrópolis, uma outra manifestação do Bem nos chega – pasmem – de Brasília. Um senador apresentou o seu nome para a Presidência da Casa, falou de seu programa e ainda conseguiu seis votos. Maravilhado, cumprimentei-o por email, certo do usual silêcio que somente o senador Paulo Paim não observa. Pois nem o senador Reguffe. Vejam o que me foi escrito em 13 de fevereiro:

    “Oi Philippe, desculpe-me pela demora na resposta, mas é que, desde a eleição para a Presidência do Senado, encheram a minha caixa com mensagens e estou procurando responder uma a uma pessoalmente. Muito obrigado pela consideração do envio deste e-mail e pelo reconhecimento ao meu trabalho e à minha luta. No primeiro dia do meu mandato aqui no Senado, assim como fiz na Câmara Distrital e na Câmara Federal, fiz uma série de cortes no meu gabinete. E todos em caráter irrevogável, nem que eu queira posso voltar atrás. Abri mão dos salários extras que os senadores ainda recebem, reduzi minha verba de gabinete e o teto do número de assessores de 55 para apenas 12 (hj só possuo 9). Além disso, abri mão de 100% da verba indenizatória, da cota de atividade parlamentar, do carro oficial e da cota de gasolina que os senadores têm direito. Fiz também a opção formal por continuar contribuindo para o INSS e não ter direito à aposentadoria especial de parlamentar e, também, abri mão do plano de saúde que os senadores têm direito e que é inclusive vitalício para o senador e sua família e com direito a todas as despesas médicas e odontológicas sem limite. Junto com essas medidas, abri mão também da cota gráfica. Só essas medidas que tomei no meu gabinete geraram uma economia direta aos cofres públicos de R$ 16,7 milhões. Sem contar as economias indiretas. Fiquei feliz e honrado com a sua mensagem. Continuarei a minha luta aqui para termos um país melhor e mais sério com a coisa pública e com os seus cidadãos, pode confiar. Um abraço forte, Reguffe”.

    Vamos nessas, vizinhos?

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