• Senado deve votar aumento do número de deputados a menos de uma semana do prazo do STF

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  • 23/jun 15:09
    Por Maria Magnabosco/Estadão I Foto: Pedro França/Agência Senado

    O projeto que aumenta de 513 para 531 o número de deputados federais deve ser votado no Senado em sessão semipresencial nesta quarta-feira (25), às 14h. O prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que o Congresso estabeleça a nova distribuição de cadeiras com base no Censo de 2022 termina em menos de uma semana, em 30 de junho.

    Na última quarta-feira (18), o Senado aprovou requerimento de urgência para acelerar votação do projeto, sob relatoria do senador Marcelo Castro (MDB-PI). Anteriormente, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), já havia afirmado que planejava pautar o projeto ainda neste mês.

    O STF determinou a redistribuição das cadeiras da Câmara de acordo com as populações atualizadas dos Estados. O número de deputados não era alterado desde 1993.

    Em uma manobra para evitar a perda de cadeira em certos Estados, os deputados aumentaram o número de membros da Casa onde houve acréscimo da população, segundo o IBGE. Entretanto, os Estados que tiveram diminuição da população, conforme o Censo, não perderam vagas.

    Os Estados que podem ter mais deputados:

    – Amazonas, de 8 para 10;

    – Ceará, de 22 para 23;

    – Goiás, de 17 para 18

    – Minas Gerais, de 53 para 54

    – Mato Grosso, de 8 para 10

    – Pará, de 17 para 21

    – Paraná, de 30 para 31

    – Rio Grande do Norte, de 8 para 10

    – Santa Catarina, de 16 para 20

    Impacto orçamentário do projeto

    De acordo com a Câmara, a proposta deve ter impacto orçamentário de R$ 64,8 milhões. Em maio deste ano, após a aprovação do projeto na Câmara, o Estadão divulgou um levantamento mostrando que o projeto abre margem para criação de 30 novas vagas de deputados estaduais, que podem custar mais de R$ 76 milhões por ano para os Estados.

    Uma pesquisa realizada pelo Datafolha e divulgada na última terça-feira (17), mostrou que 76% dos brasileiros são contra o aumento no número de cadeiras na Câmara. Outros 20% são favoráveis à mudança na Casa, 2% afirmaram não saber opinar sobre o tema e 1% se classificou como indiferente.

    No Senado, parlamentares também já se posicionaram de forma contrária. “A carestia bateu à porta das famílias brasileiras. Não é momento de o Congresso Nacional aumentar em mais R$ 60 milhões anuais a despesa”, afirmou o senador Marcio Bittar (União-AC) em sessão que debatia o projeto.

    De acordo com Alcolumbre, o Orçamento da Câmara dos Deputados já leva em conta as despesas que serão instituídas com os novos parlamentares. “Caso o Senado se debruce sobre o projeto e amplie o número de vagas, não haverá aumento de despesa em lugar algum”, afirmou.

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