• Sem previsão de retorno, 2 mil pessoas aguardam na fila para procedimentos eletivos

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  • 16/07/2020 11:19

    Em entrevista à Tribuna, a secretária de Saúde Fabíola Heck disse que ainda não há previsão de retomada das cirurgias eletivas na rede municipal de saúde. Esses procedimentos estão suspensos desde a segunda quinzena de março, por conta da pandemia do Covid-19. Estima-se que cerca de duas mil pessoas estejam na fila aguardando por uma cirurgia. Grande parte desses procedimentos é realizada no Hospital Alcides Carneiro (HAC), que conta apenas com um centro cirúrgico com seis salas.

    A secretária informou que aguarda a publicação da nota técnica do governo do Estado para a retomada desses serviços em todo o Rio de Janeiro. No entanto, a Secretaria de Estado de Saúde informou que a resolução já foi publicada no Diário Oficial do dia dois deste mês.

    “O maior problema é a utilização do centro cirúrgico”, explica a secretária. “Imagina se marcamos as cirurgias e, no meio do procedimento, chega um paciente de Covid que precisa ser operado? Como vai ser essa logística? Como dividir ou paralisar o centro cirúrgico? Essas questões precisam ser analisadas antes de autorizarmos a retomada desses serviços.”

    Fabíola disse ainda que as unidades de saúde estão chamando os pacientes de cuidado continuado para as consultas laboratoriais e que os exames para esses pacientes também estão szendo agendados. Atualmente estão sendo feitas chamadas pelos Postos de Saúde da Família (PSFs), Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Centro de Saúde da Rua Santos Dumont e os ambulatórios do Hospital Alcides Carneiro e de Especialidades (ao lado da UPA  do Centro).

    “Tivemos que adequar a agenda dos médicos para o atendimento desses pacientes para evitar aglomerações. Essas unidades estão atendendo com a capacidade reduzida pela metade, para garantir a segurança das equipes e dos pacientes. Foi a forma encontrada para garantir a retomada desses atendimentos”, disse a secretária de Saúde.

    O retorno das cirurgias eletivas na rede pública de saúde vem sendo discutido em reuniões semanais entre representantes da Prefeitura e dos ministérios públicos Estadual e Federal. Os procuradores vêm cobrando do governo municipal um plano para a retomada dos serviços e um levantamento de quantas pessoas estão aguardando na fila pelos procedimentos.

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