• Sem contrato, SOS Vida pode encerrar as atividades

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  • 29/11/2018 16:38

    Após 21 anos realizando um trabalho assistencial na cidade, o Grupo Assistencial SOS Vida pode não continuar os atendimentos. Sem o principal convênio com a Prefeitura, o grupo está com o aluguel atrasado e depende exclusivamente de doações para custear despesas básicas como de água, luz e materiais. 

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    Apesar de a Prefeitura alegar que o fim do convênio se deu por haver divergências contratuais, relativas ao processo de trabalho, o presidente e psicólogo responsável técnico do grupo, Antônio Carlos de Souza, afirma que entregou toda documentação há três meses. Segundo Antônio Carlos, o convênio foi rompido em setembro de 2017, e deste então a instituição veio tentando regularizar a documentação para renová-lo.

    “Apesar de termos feito a regularização da documentação, o convênio não foi renovado. Estamos devendo o aluguel todo esse tempo. Contamos com doações para custear as outras despesas. Chegamos muitas vezes a pensar em fechar as portas por não termos mais como manter”, contou Antônio Carlos.

    O grupo atende cerca de 600 pessoas, incluindo os assistidos e seus familiares. Faz o acolhimento e o atendimento de pessoas portadoras do vírus HIV/AIDS e dependentes químicos. O trabalho foi feito todos esses anos contando com apoio de voluntários, inclusive um dos fundadores e apoiadores do grupo foi o Padre Quinha. Hoje, em parceria com as universidades Estácio de Sá e Universidade Católica de Petrópolis oferece apoio psicológico e assistência jurídica aos assistidos. 

    No próximo sábado, dia 01, é lembrado o Dia Mundial da luta contra a Aids. Um dos principais grupos assistidos pelo SOS Vida. Para Antônio Carlos, ainda há muito preconceito em relação às pessoas portadoras do HIV/AIDS. “O principal desafio enfrentado ainda é o preconceito, temos muitos relatos de pessoas que foram discriminadas por vizinhos e até na igreja. É uma situação complicada e aqui essa ainda é a principal barreira”, destacou. 


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