• Seleção brasileira enfrenta o Peru em Brasília para embalar e dar paz a Dorival Júnior

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 15/out 08:00
    Por Ricardo Magatti / Estadão

    Aliviado, mas ainda pressionado depois de arrancar suada vitória sobre o Chile em Santiago, o Brasil tenta engatar o segundo triunfo seguido nas Eliminatórias. O rival desta terça-feira é o Peru, outro adversário frágil, que luta para deixar as últimas posições. A bola rola no Mané Garrincha, em Brasília, às 21h45, e a partida é válida pela décima rodada do torneio classificatório à Copa do Mundo de 2026.

    O Brasil saltou para a quarta posição nas Eliminatórias, com 13 pontos, e a comissão técnica verde e amarela vê a vitória sobre o Peru como crucial para reduzir a pressão que ainda existe sobre a equipe, sobretudo pelo futebol pobre, de pouco repertório, jogado nas últimas partidas.

    “A nossa posição não é confortável, não é tranquila”, constatou o técnico Dorival Júnior, um pouco mais aliviado depois do triunfo em Santiago. “É um processo difícil, o momento é complicado, mas temos que ter consciência de que precisamos de algo mais. É isso que estamos tentando.”

    O Peru é uma das duas seleções para as quais o Brasil nunca perdeu nas Eliminatórias. São 10 vitórias e quatro empates. Os últimos seis jogos terminaram com triunfos brasileiros.

    O Brasil busca seu segundo resultado positivo de forma consecutiva, o que ainda não aconteceu sob Dorival Júnior. A última vez que engatou duas vitórias no torneio classificatório foi nas duas primeiras rodadas, em setembro do ano passado, quando derrotou a Bolívia e o Peru.

    “Não existe ansiedade excessiva, não existe contentamento. Nosso momento não é pra isso. Temos consciência e equilíbrio de que precisamos muito mais para alcançar os objetivos”, falou o treinador, que, como nos últimos confrontos, Dorival decidiu antecipar a escalação.

    Uma das novidades da lista de convocados, Vanderson, do Monaco, vai ocupar a vaga do capitão Danilo na lateral direita. No meio-campo, Bruno Guimarães substitui André, enquanto Gerson herda o espaço deixado pelo suspenso Lucas Paquetá. As duas últimas mudanças já tinham sido feitas durante a vitória brasileira em Santiago e, segundo Dorival, já estava previsto que essas modificações seriam feitas.

    Dorival também mudou o posicionamento dos homens de frente. Rodrygo deve ser o armador das jogadas, atuando mais centralizado, com Raphinha e Savinho abertos pela direita e pela esquerda, respectivamente. Igor Jesus, autor de um dos gols no triunfo sobre o Chile, foi mantido como centroavante. Com Danilo no banco, o capitão será Marquinhos.

    Na avaliação do técnico, os jogadores estão começando a entender sua ideia de jogo. “Vamos criar mais por estar agredindo um pouco mais a última linha dos adversários. Todos perceberam que não podemos só ter a bola nos pés.”

    O Peru era o último colocado das Eliminatórias. Não é mais porque ganhou do Uruguai na última rodada e jogou a lanterna para o Chile. No entanto, o quadro para os peruanos ainda é preocupante. Em processo de renovação, a seleção treinada por Jorge Fossati ocupa a penúltima posição na tabela, com seis pontos, e conta com o segundo pior ataque (três gols marcados) e a terceira defesa mais vazada (dez gols sofridos) da competição.

    FICHA TÉCNICA:

    BRASIL X PERU

    BRASIL – Ederson; Vanderson, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner; Bruno Guimarães e Gerson; Raphinha, Rodrygo e Savinho; Igor Jesus. Técnico: Dorival Júnior.

    PERU – Gallese; Miguel Araujo, Carlos Zambrano e Callens; Sonne, Andy Polo, Castillo, Peña e Abram; Flores e Valera. Técnico: Jorge Fossati.

    ÁRBITRO – Esteban Ostojich (Uruguai).

    HORÁRIO – 21h45.

    LOCAL – Mané Garrincha, em Brasília (DF).

    Últimas