Sehac volta a atrasar pagamento de verbas rescisórias de profissionais demitidos
Profissionais de saúde desligados do Hospital Alcides Carneiro em setembro ainda não receberam as verbas rescisórias. Segundo os denunciantes, quando entram em contato com o Serviço Social Autônomo Hospital Alcides Carneiro (Sehac) são informados que o repasse que é feito pela Prefeitura ainda não foi realizado e que não há previsão de pagamento. O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (SEESSP) se reuniu nesta terça-feira (27) com representantes do Sehac para tentar solucionar o problema.
Uma ex-funcionária, que preferiu não ser identificada, disse que nem as anotações referentes à demissão foram feitas na carteira. Ela foi desligada do Hospital Alcides Carneiro no início de setembro e até agora não tem previsão de quando vai receber as verbas rescisórias. “Nos mandaram embora e continuam contratando novos funcionários. Estamos com quase dois anos de Fundo de Garantia atrasado. Nem isso está regularizado. E quando ligamos para o financeiro do hospital dizem que não têm dinheiro”, desabafou.
Em julho deste ano, a Tribuna já havia noticiado o atraso no pagamento das verbas rescisórias de profissionais da saúde que trabalhavam no HAC e nas Unidades de Pronto Atendimento, que também são administradas pelo Sehac. Após semanas de cobrança do Sindicato e dos ex-funcionários, os pagamentos começaram a ser regularizados.
Segundo o Sindicato, os ex-funcionários estão sendo orientados a recorrer à justiça para receberem os valores. O sindicato recebeu denúncias de diversos casos de atraso no pagamento das rescisões e valores do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que não foi recolhido.
Questionada pela Tribuna, a Prefeitura informou que o SEHAC já está em conversação com o sindicato dos funcionários para que a situação possa ser solucionada através de um acordo coletivo. A Tribuna também questionou sobre o número total de demissões feitas pelo Sehac de agosto até outubro, a Prefeitura informou que todos os números estão sendo levantados e até a próxima semana teremos uma posição mais concreta sobre o assunto.
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