Segurança nas piscinas: clubes se preparam para temporada de verão
Com a proximidade do verão, clubes com piscinas acabam se tornando o programa preferido dos petropolitanos. Clubes tradicionais como o Petropolitano FC, Serrano FC e Mon Recoin se preparam para receber visitantes, principalmente, durante o período de férias. Com o aumento da procura, a preocupação com a legalização e o sistema de segurança também aumenta nesses locais. Para que possam oferecer o serviço, clubes, pousadas e condomínios precisam cumprir uma série de requisitos estabelecidos pela legislação e o Corpo de Bombeiros.
Neste período, afogamentos e acidentes começam a surgir com mais frequência, principalmente envolvendo crianças que, na maioria das vezes, são as principais vítimas. “Com a chegada do verão cresce o índice de afogamentos, principalmente nos lugares que não são monitorados por guardiões de piscina, como rios, cachoeiras, lagoas. Em locais que não têm segurança acontecem muitas mortes por acidentes por afogamento. E em alguns clubes que insistem em trabalhar de forma incorreta, não seguindo o padrão exigido pelo Corpo de Bombeiros”, destacou o coordenador da empresa HelpCenter, André Kopke.
Além de manterem as piscinas registradas, os estabelecimentos precisam contar com equipamentos de segurança e um profissional habilitado para fazer a segurança dos frequentadores. A legalização de piscinas é feita junto ao Grupamento Marítimo (GMar) do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ). Para a obtenção do certificado de registro, o clube precisa cumprir o que determina o decreto 4.447/81, que exige a obrigatoriedade da contratação de um guardião de piscina, possuir cadeira de observação acima de 1,80m, gradil no entorno da piscina, cilindro de oxigênio e alguns equipamentos para prestar socorro, como bolsa capaz de proporcionar ventilação controlada e assistida e cânula de guedel.
Para André, que trabalha há alguns anos na formação de guardiões de piscina e na legalização de estabelecimentos que oferecem o serviço de lazer, quando os clubes deixam de cumprir, entre outras exigências, a contratação do profissional que cuida da segurança das piscinas, acaba deixando de abrir mais vagas de emprego para a classe.
“Porque além de ser obrigatório por lei, é fundamental a presença desses profissionais nesses locais. A piscina é um local de lazer para os pais que vão nos fins de semana para relaxar e ficam mais à vontade, inclusive deixando as crianças mais à vontade. Uma distração enquanto conversam com os amigos, pode acontecer um acidente, aí a criança se machuca, se lesiona, se fratura e até mesmo pode se afogar e vir a ter uma sequela ou até mesmo vir a óbito”, destacou.
A função do guardião nesses locais é estar sempre atento ao que acontece na piscina para prevenir qualquer tipo de acidente. “A presença do profissional é importante para que seja feita a prevenção e, se for o caso, o resgate”, disse.
Em 2010, uma emenda na lei passou a obrigar clubes a instalarem um sistema de interrupção de sucção de bombas, automáticos e manuais, para que sejam colocados em local de fácil acesso e visibilidade. A iniciativa prevê que qualquer um, até mesmo uma criança, consiga desligar a sucção da bomba de piscina.
A fiscalização desses estabelecimentos é feita pelo Gmar, mas como na cidade não há sede deste grupamento, as fiscalizações acontecem apenas quando uma equipe do Rio de Janeiro vem a cidade. Com uma grande demanda e múltiplas responsabilidades, isso não acaba acontecendo com tanta frequência. “Essa fiscalização acaba acontecendo apenas quando acontece um acidente (morte), para que a atenção seja voltada para esse tema tão importante”, lamentou o coordenador.
Na cidade, alguns clubes já possuem o Certificado de Registro, como é o caso do Petropolitano FC, que reabrirá as piscinas para o público em novembro, e também o Serrano FC, Promenade Country Club, Clube Campestre de Nogueira e Mon Recoin, entre outros.