• Segunda maior usina térmica do País é desligada 4 dias após entrar em operação

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  • 23/09/2021 11:51
    Por Wilian Miron e Denise Luna / Estadão

    Quatro dias após entrar em operação comercial, a termoelétrica GNA I apresentou problemas técnicos com risco para o sistema de fornecimento de gás e foi desligada do Sistema Interligado Nacional (SIN) na segunda-feira, 20, às 11h38. A informação foi confirmada na quarta-feira, 22, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

    A GNA, por outro lado, disse que se tratou apenas de um “ajuste”. “A GNA informa que usina UTE GNA I está operando em sua capacidade plena, disponibilizando 1.338 MW de energia para o Sistema Interligado Nacional. Na segunda-feira, 20/9, a usina passou por ajustes, comuns de início de operação comercial de uma termelétrica, e retomou às atividades normais nesta quarta-feira, 22/9, às 22h04 min”, disse, em nota enviada à Tribuna.

    “A UTE, localizada em São João da Barra – Norte Fluminense, entrou em operação comercial na última quinta-feira, 16, e conta com capacidade instalada de 1.300 MW”, apontou o ONS.

    A GNA I, segunda maior térmica do País, iniciou operação comercial na semana passada, com atraso em relação à previsão inicial de que início de produção de energia em julho. Contudo, a usina passou por problemas durante os testes operacionais realizados em março, quando a turbina a vapor foi danificada.

    A usina térmica é considerada fundamental para a estratégia do governo de aumentar a oferta de energia ao sistema, em um momento em que as hidrelétricas do Sudeste/Centro-Oeste enfrentam restrições à produção devido à crise hídrica.

    Em comunicado, o ONS informou que, “apesar desse desligamento não previsto, existem outros recursos que podem ser utilizados para minimizar os impactos dessa ausência na geração de energia e suprir as necessidades do SIN”.

    Uma medida que tem sido adotada pelo órgão é o programa de Redução Voluntária na Demanda (RDV), para grandes consumidores industriais, e o programa de incentivo de economia de energia para consumidores residenciais e pequenos comércios.

    Na quarta, o grupo técnico do Comitê de Monitoramento do Sistema Elétrico (CMSE) aprovou a redução adicional de 205 megawatts (MW) na demanda de grandes consumidores industriais. Antes, o órgão havia aprovado o montante de 237 MW em adesões ao programa.

    O segmento da indústria que apresentou maior adesão ao programa foi o de metalurgia, seguido pelos ramos de minerais não metálicos; químicos; extração de minerais não metálicos; alimentícios; madeira, papel e celulose; serviços; e veículos.

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