• Sedentarismo está associado a um risco maior em desenvolver a forma mais grave da covid

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  • 06/06/2021 13:04
    Por Redação / Tribuna de Petrópolis

    Um estudo realizado com quase 50 mil pacientes publicado na British Journal of Sports Medicine aponta que o sedentarismo está associado a um maior risco de desenvolver a forma mais grave da covid-19 e morrer em consequência da doença. Movimentar o corpo com a prática constante de exercícios físicos pode ser um grande aliado neste momento de pandemia.

    De acordo como estudo, pessoas que estavam sedentárias há pelo menos dois anos antes da pandemia eram mais propensas a serem hospitalizadas, necessitar de cuidados intensivos e morrer vítima do coronavírus em comparação com pacientes que mantinham uma atividade física. A pesquisa revelou ainda que entre os fatores de risco para uma versão mais grave da doença, apenas a idade avançada e uma história de transplante de órgãos superam o sedentarismo.

    “O sedentarismo é fortemente relacionado à incidência e severidade de um vasto número de doenças crônicas. Por isso exercício físico torna-se uma das ferramentas terapêuticas mais importantes na promoção de saúde e o profissional de Educação Física o responsável por sua ampla disseminação. A atividade física é uma ferramenta barata, segura, não patenteável e, quando prescrita de maneira correta, põe fim à necessidade do uso de uma vasta gama de medicamentos”, destaca a profissional de educação física da academia Körper, Dayna Gonçalves.

    Para analisar o possível impacto da falta de exercícios físicos na gravidade da infecção pelo coronavírus no organismo do paciente, a hospitalização, a necessidade de reanimação e a morte, a pesquisa comparou a evolução de 48.440 adultos com covid-19 entre janeiro e outubro de 2020, nos Estados Unidos.

    A idade média dos infectados que fizeram parte do estudo era de 47 anos e 62% deles eram mulheres. Em média, seu índice de massa corporal (IMC) era 31, logo acima do limiar de obesidade. Cerca de metade não tinha doenças prévias, como diabetes, doença pulmonar crônica, cardiovascular ou renal e câncer. Quase 20% apresentavam uma dessas comorbidades, e 32% tinham duas ou mais.

    De acordo com a pesquisa todos haviam declarado seu nível de atividade física regular pelo menos três vezes entre março de 2018 e março de 2020, durante consultas médicas. Entre eles, 15% se descreviam como inativos (0 a 10 minutos de atividade física por semana); 7% afirmavam respeitar as recomendações de saúde (no mínimo 150 minutos semanais) e os outros diziam praticar “alguma atividade” (11 a 149 minutos por semana).

    Cerca de 9% desses pacientes foram hospitalizados e 2%, morreram. Segundo o estudo, após consideradas as diferenças por idade, etnia e comorbidades, as pessoas sedentárias com covid-19 tinham mais do que o dobro de chances de serem internadas do que aquelas mais ativas.

    Para quem nunca praticou atividade física, Dayna explica como dar o pontapé inicial para garantir mais qualidade de vida e bem-estar. “Escolha um exercício que lhe agrade. Pode ser na academia, exercícios ao ar livre, ciclismo, natação. Uma academia oferece, por exemplo, vários tipos de atividades como musculação, aulas coletivas de diversos tipos, alongamentos além de serviços que agregam na melhora da qualidade de vida em geral como fisioterapeuta e nutricionista, por exemplo”, explica.

    Aos que já praticaram exercícios e não sabem como voltar a rotina dos treinos, a profissional orienta o retorno de forma gradual, respeitando os limites do corpo. “Minha dica é que voltem devagar respeitando os limites do corpo. Ouça seu corpo. É normal que após longo tempo parado você sinta algumas dores. Porém, se elas forem persistentes é sinal de que a carga ou execução dos exercícios está inadequada”, finaliza.

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