• Se programa cambial der certo, pode ser replicado no mundo todo, diz presidente do BID

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  • 26/fev 12:01
    Por Francisco Carlos de Assis, Laís Adriana e Altamiro Silva Junior / Estadão

    Para o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ilan Goldfajn, o programa de hedge cambial, se der certo, poderá ser replicado no mundo inteiro. “Tenho certeza de que será um caminho longo, com muita ajuda e muita contribuição. E o BID tem orgulho de ser participante deste pipeline de crédito”, disse Ilan.

    O presidente do BID afirmou que muitas vezes se fala que falta investimentos e outras, que faltam projetos. De acordo com ele, ambos faltam, por isso, emendou, o objetivo é aumentar investimentos diretos no Pais e promover projetos de mitigação dos efeitos das mudança climáticas.

    “Acho que é simbólico o que estamos fazendo aqui hoje. Se funcionar, e eu acho que será um exemplo para o mundo. Vai ser replicado no mundo todo. É simbólico também porque está acontecendo na semana do G20”, disse ele, durante a apresentação do programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial, o Eco Invest Brasil, no período da manhã em São Paulo.

    Objetivo

    O presidente do BID disse que o objetivo da iniciativa é dar liquidez e facilitar a implementação de projetos, incluindo os mercados de opções e derivativos.

    Neste sentido, de acordo com ele, o BID será o intermediário na contratação de um banco internacional que dará seguro cambial aos investimentos estrangeiros no Brasil.

    Apoio do Banco Mundial

    O programa de proteção cambial é ambicioso e será apoiado pelo Banco Mundial por meio de estudos técnicos e financiamento, disse o vice-presidente do Banco Mundial para a região da América Latina e Caribe, Carlos Felipe Jaramillo, no evento de lançamento do programa.

    “Estamos trabalhando para um novo empréstimo com objetivo de alocar até US$ 1 bilhão no fundo do clima”, disse o economista.

    O foco inicial desse novo empréstimo é financiar projetos em florestas, cidades verdes e gestão de resíduos. “O Banco Mundial já tem vasta experiência nessas áreas.”

    Jaramillo comentou sobre os projetos de transição energética que o Banco Mundial apoia, como o de hidrogênio verde. “Estamos prontos para mais”, afirmou. “Os desafios ligados às mudanças climáticas são enormes”, comentou.

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