Saúde pública
Como policial veterano, aprendi que nos momentos mais críticos de risco a morte, (acidentes, sequestros, doenças…), quando o controle da situação não é mais nosso e nos encontramos ávidos por socorro, o estado psicológico do paciente (vítima) é de extrema vulnerabilidade.
Todas as “barreiras” psicológicas desaparecem.
E o socorro é o mais importante alento nesse momento.
Aquele que chega para “nos tirar” dessa condição de impotência passa a ter uma enorme capacidade de nos marcar profundamente. Para o bem ou para o mal, conforme a qualidade do socorro.
Jamais esquecerei o olhar daqueles que viram em mim a salvação!
Vi e vivi isso muitas vezes em minha carreira como o agente que socorre. E sou grato a Deus por ter compreendido essa dinâmica ainda bem no início da carreira.
Mas vivi o outro lado, como paciente enfermo, dependente do médico e sua equipe fazerem seu trabalho bem feito para eu poder retornar aos que amo.
Nesse momento fica muito claro nossa fragilidade e damos uma imensa importância ao tratamento a nós dispensado.
Contei essa história para trazer a mente como nos sentimos ao entrarmos sobre uma maca em um hospital.
O quanto queremos ser bem atendidos ou esperamos que nossos filhos sejam cuidados…
Não é por acaso que sete a cada dez pessoas vêem a saúde como prioridade na administração.
Mas infelizmente a saúde, que detém o maior orçamento do município, não anda como deveria.
Longe disso!
Trago aqui a matéria oriunda da fiscalização feita pelo Vereador de Petrópolis Eduardo do Blog sobre fiscalização feita no hospital Alcides Carneiro, veiculada no Facebook do parlamentar.
É revoltante ver as pessimas condições da cozinha. Um verdadeiro celeiro de contaminação!
Piso deteriorado e molhado, teto mofado e soltando partes do acabamento…
Equipamentos empilhados ao relento se deteriorando.
Triste!
A pergunta que fica é:
Até quando teremos nossos hospitais sucateados?
Até quando os profissionais da saúde terão que lutar por nossas vidas sem as mínimas condições necessárias?
Até quando veremos a constatação do mau uso do dinheiro público?
O desperdício que ceifa vidas e destrói sonhos?
Essas respostas serão dadas por cada um de nós cidadãos petropolitanos.
Hoje, dando voz aos homens e mulheres que nos representam e cumprem seu papel pelo mandato.
Amanhã, exercendo o direito do voto consciente.
Que o bom Deus nos dê sabedoria e resiliência para continuarmos lutando por um mundo melhor.
A começar pela Petrópolis que merecemos.