• Sarrubbo deve assumir Segurança Pública do Ministério da Justiça e atacar crime organizado

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  • 17/jan 15:24
    Por Pepita Ortega / Estadão

    O procurador-geral de Justiça de São Paulo Mario Luiz Sarrubbo deve assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública no Ministério da Justiça na gestão Ricardo Lewandowski. O Estadão apurou que o chefe do Ministério Público paulista teve um encontro reservado com Lewandowski e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, na semana passada. Agora, Sarrubbo acerta detalhes do cargo e aguarda Lewandowski anunciar, formalmente, a equipe que o acompanhará ao Ministério da Justiça, braço sensível do governo.

    Com a eventual confirmação de Sarrubbo como secretário nacional de Segurança Pública a expectativa, nos bastidores é que o atual PGJ leve para o Ministério da Justiça o ‘estilo’ de combate firme ao crime organizado. Durante seus mandatos como procurador-geral (2020-2024), Sarrubbo fortaleceu o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, braço da Promotoria que mira organizações dedicadas ao tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro e corrupção.

    A previsão é que Sarrubbo leve essa experiência para o Ministério da Justiça. A Secretaria Nacional de Segurança Pública assessora o ministro na implementação da Política Nacional de Segurança Pública e dos Programas Federais de Prevenção Social e Controle da Violência e Criminalidade.

    Cabe ao secretário promover a integração das forças policiais nos Estados, com definição de metas contra a criminalidade. Atualmente, a pasta é chefiada pelo ex-deputado federal Francisco Tadeu Barbosa de Alencar.

    Caso a saída de Sarrubbo da Procuradoria-Geral de Justiça se concretize, assume o cargo interinamente o decano do Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo, Fernando José Martins.

    Oficialmente, o mandato do PGJ termina em abril, quando serão realizadas as eleições internas para uma lista tríplice de candidatos à sucessão de Sarrubbo. Depois, caberá ao governador Tarcísio de Freitas escolher um dos nomes indicados pelos pares.

    Se ainda faltam meses para as eleições internas do MP, as campanhas dos candidatos à PGJ já começaram. Atualmente, três procuradores estão no páreo: Paulo Sérgio Oliveira e Costa, ex-diretor da Escola Superior do Ministério Público; José Carlos Cosenzo, subprocurador-geral de Justiça de Políticas Criminais; e Antônio Carlos da Ponte, ex-secretário do Conselho Superior do Ministério Público.

    Paulo Sérgio e Consenzo são da situação, apoiados por Sarrubbo. Da Ponte, que chegou a disputar o pleito em 2020, representa a oposição.

    Caso aceite ir para o Ministério da Justiça, Sarrubbo terá de se aposentar do MP.

    Paulistano, Mário Luiz Sarrubbo atua no Ministério Público do Estado de São Paulo há mais de 30 anos. Atuou na Procuradoria de Justiça Criminal e foi alçado a Subprocurador-Geral de Políticas Criminais do órgão. Durante sua gestão em tal área, foram realizadas cerca de 500 operações do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado e apreendidas mais de 100 toneladas de drogas

    No Gaeco, Sarrubbo implementou a política da Tríplice Vertente de combate às organizações criminosas, que tem como diretriz o enfrentamento aos três pilares básicos das organizações: o crime organizado, a lavagem de dinheiro e a corrupção de agentes públicos.

    Em abril de 2020, o procurador foi escolhido pelo então governador João Doria (PSDB) para suceder Gianpaolo Poggio Smanio na chefia do MP paulista. Ele foi reconduzido ao cargo em 2022 pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB).

    Mário Luiz Sarrubbo é casado com a bióloga Simone Sarrubbo e tem dois filhos: Luís Felipe e Pedro Henrique. Estes herdaram do pai a paixão pelo futebol – o procurador é um fanático pelo Palmeiras. Sarrubbo ainda tem como hobby a corrida: tem uma coleção com 117 medalhas de participação em provas, 11 das quais maratonas e 34 meias maratonas.

    Sarrubbo é professor de Direito Penal na FAAP, lecionou na Escola Superior do MPSP e na Escola Superior de Advocacia do Estado de São Paulo. Foi diretor da Associação Paulista do Ministério Público do Estado de São Paulo (APMP), de 1998 a 2002, dirigiu o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional da Escola Superior do MPSP (2011 a 2013), presidiu o Colégio de Diretores de Escolas de Ministérios Públicos Brasileiros e foi Conselheiro Superior do Ministério Público.

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