• São Paulo arma renovação com Superbet até centenário e mira ‘uma das maiores camisas’ do Brasil

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  • 18/mar 23:10
    Por Leonardo Catto / Estadão

    O São Paulo está prestes a anunciar a renovação com a Superbet, site de apostas que ocupa o espaço de patrocínio máster na camisa do clube. A renovação vai na linha da estratégia de marketing são-paulina, em renovar acordos até 2030, ano do centenário. Além de estampar o uniforme, a marca é responsável por pagar parte dos vencimentos do meia Oscar.

    Oficialmente, os valores não são comentados e tampouco serão divulgados, mesmo após o anúncio oficial. Nas seis temporadas do novo contrato, de 2025 a 2030, a Superbet pagará R$ 678 milhões, segundo noticiou o Poder360. A renovação foi confirmada pelo Estadão. Nesta temporada, o valor anual é de R$ 78 milhões, com reajustes progressivos até o ápice de R$ 140 milhões em 2030.

    Julio Casares, presidente do São Paulo, antecipou a renovação em entrevista durante o sorteio da Libertadores, na noite de segunda-feira, no Paraguai. O gerente de marketing do clube, Leonardo Alladio, endossou o discurso. “Já que o chefe já comunicou (risos). Vai ser muito importante (para o orçamento). E é importante para novas parcerias”, disse ao Estadão, no evento em que foi inaugurado o letreiro do Estádio do MorumBis.

    O valor referente a 2025 já apresenta uma valorização em relação ao contrato anterior, que previa R$ 54,5 milhões para a atual temporada. Cláusulas de desempenho, em caso de títulos e vagas nos torneios mais relevantes, podem elevar o pagamento total para R$ 1 bilhão.

    Além do aporte, a Superbet é responsável pelo pagamento de parte dos vencimentos do meia Oscar, que retornou ao São Paulo após deixar o futebol chinês. Sem isso, seria praticamente impossível que a contratação se efetivasse, já que a dívida são-paulina se aproxima a R$ 1 bilhão.

    O balanço financeiro do primeiro trimestre de 2025 deve apresentar o déficit. O desafio é conseguir fechar o ano em superávit, como exige o Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), que amortiza o débito financeiro do clube e impôs teto de gastos para o Departamento de Futebol. Mesmo que os valores da Superbet não sejam pagos integralmente, a renovação é vista como crucial para essa operação financeira.

    “Há uma majoração expressiva dos valores. O São Paulo passa a figurar como um dos maiores patrocínios do País em termos de camisa de clube. São recebíveis que vão dar garantia, junto ao fundo, de amortizar uma dívida. E vai passar ao sucessor o que eu não tive: um contrato máster para o contrato todo. Quando eu assumi, no meio da pandemia, eu não tinha patrocinador, não tinha bilheteria e tinha quatro transfer ban na Fifa. Espero deixar para o futuro presidente uma situação melhor”, comentou Casares, na sede da Conmebol, em Assunção.

    Impulsionados por bets, o futebol brasileiro aumenta a receita em cima dos patrocínios robustos. De acordo com o estudo Mapa do Patrocínio, feito pelo Ibope Repucom e divulgado neste mês, a presença das casas de apostas cresceram 25% em comparação de 2023, quando 12 empresas do setor estavam nos uniformes, até hoje, com 18 patrocínios de 15 empresas, somente na Série A.

    O Flamengo e a Pixbet renovaram, em 2024, até 2027, com o valor de R$ 470 milhões (média de R$ 117,5 milhões anuais). Proporcionalmente, ainda é maior que o novo acerto de São Paulo e Superbet (média de R$ 113 milhões anuais).

    Já o Corinthians, com a Esportes da Sorte, tem R$ 103 milhões por temporada, até metade de 2027. O Palmeiras estreia neste ano a parceria com a Sportinbet, até fim de 2027, com R$ 100 milhões anuais, que podem chegar a R$ 170 milhões, com gatilhos de desempenho. No caso de corintianos e flamenguistas, os valores não são discriminados entre quantias fixas e premiações.

    LETREIRO

    Outro acordo, já celebrado nesta terça-feira, foi a concessão dos naming rights do Estádio Cícero Pompeu Toledo à marca Bis, da Mondelez. O letreiro “MorumBis” foi oficialmente inaugurado. A parceria foi oficializada em dezembro de 2023.

    Desde então, o estádio ganhou novo nome, além de ativações da marca e campanhas junto a torcedores são-paulinos. Em contrapartida, a empresa fica responsável por cuidados do entorno do MorumBis. “A gente vai fazer mapeamento arbóreo, cuidar de ciclovia, reforma de ciclofaixa, calçadas. Fechamos com eles, e agora a gente começa todos os trâmites”, exemplificou Ana Assis, gerente de Bis na Mondelez.

    O acordo é válido por três anos, com pagamento de R$ 90 milhões, até o fim da gestão Casares, no fim de 2026. Ainda não é discutida uma renovação, mas há o entendimento de harmonia e sucesso no negócio. “Quando a ideia surgiu, tínhamos certeza que, poucas vezes, marcas tão grandes tinham uma conexão tão natural. A gente brinca que é o ‘menor naming rights do mundo’, só com um ‘S’ transformou Morumbi em MorumBis. A torcida entende e se sente parte do processo”, avalia Alladio.

    A Mondelez, com a marca Bis, também patrocina o time feminino do São Paulo. A novidade integrou o uniforme na final da Supercopa do Brasil Feminina, vencida pelo São Paulo, nos pênaltis, após empate contra o rival Corinthians, no MorumBis, no último sábado. Não está prevista a aparição da marca no uniforme masculino.

    Em campo, o time de Luis Zubeldía faz uma intertemporada após a eliminação no Campeonato Paulista. A equipe estreia no Brasileirão em 30 de março, contra o Sport, no MorumBis.

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